Marcha, música e discursos marcam ato contra impeachment em Porto Alegre
Novo ato ocorre às 17h na Esquina Democrática
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Enquanto em Brasília, a sessão que discute o impedimento da presidente Dilma Rousseff era aberta, integrantes da Via Campesina iniciaram manifestação com uma caminhada pela BR 290, a freeway, até a avenida Farrapos, já na área central de Porto Alegre. Uma parada de 15 minutos durante o trajeto causou congestionamento de cinco quilômetros no sentido interior-Capital da ponte do Guaíba antes do encontro com a mobilização do MST no Centro da cidade.
Em marcha, um grande número de manifestantes ingressou na avenida Borges de Medeiros e seguiu até a Praça da Matriz, onde estão acampadas centenas de pessoas do movimento da agricultura familiar. O carro de som com gritos de guerra e músicas podia ser ouvido de várias ruas próximas ao acampamento. O trânsito nas imediações teve de ser desviado para se adequar ao tamanho do protesto.
As escadarias da Praça da Matriz serviram de arquibancada para agricultores acompanharem diversos discursos dos líderes do movimento. Cada fala era encerrada pela frase "não vai ter golpe, vai ter luta". Após a manifestação do dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo, foi a vez do ex-governador Tarso Genro conversar com os manifestantes.
Ovacionado pelo público que o acompanhava, Tarso repetiu a fala de outros protestos ao apontar um grave erro da oposição ao buscar o impeachment de Dilma Rousseff. Repudiou as supostas manobras do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para dar seguimento ao processo de impedimento. "O que eles querem impedir é a volta do Lula em 2018. É disso que eles têm medo. A turma que quer o impeachment está no topo do ranking da corrupção", disse.
A organização da manifestação contra o impeachment deu por encerradas as atividades por volta das 11h30min. À tarde, a partir das 17h, o movimento voltará a atuar nas ruas de Porto Alegre. Após a concentração, o grupo seguirá até a Esquina Democrática. Ao menos três caminhões foram posicionados na Praça da Matriz e devem ser utilizados para o novo protesto.