Marcos Olsen assume comando da Marinha sem presença de antecessor
É a primeira vez que a cerimônia ocorre sem a passagem presencial do comando anterior desde a redemocratizaçã
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O comandante anterior da Marinha, Almir Garnier Santos, escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), faltou ao evento. A ausência causou um clima de mal-estar institucional e aliados do novo governo temem uma polarização interna ainda maior.
Apesar de não ter comparecido à cerimônia, Garnier gravou um áudio, que foi reproduzido durante a posse. Nele, o ex-comandante desejou sucesso a Olsen, saudou a instituição e mandou lembranças ao novo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. A aliados, o ex-comandante, considerado o mais próximo a Bolsonaro entre os líderes das Forças Armadas, já tinha dito que não participaria da troca. O motivo seria questões políticas.
Discurso de posse
O novo comandante da marinha expressou, durante o discurso de posse, notória gratidão a Lula pela nomeação. Também agradeceu ao ministro da Defesa, a quem prometeu "ealdade, comprometimento, disponibilidade e diligência na condução da Força Naval.
"Agora, a orientação do ministério da Defesa é apaziguar os ânimos e buscar a construção de um ambiente mais neutro. Em discurso, Múcio ressaltou que a Marinha é uma instituição de Estado e a responsabilidade do novo comandante consiste em "defender a nossa pátria e assegurar a soberania brasileira em terra ou no mar".
Olsen destacou os desafios à frente da Marinha e disse estar "convicto da magnitude da responsabilidade e complexidade dos desafios que se impõem". A estatura político-estratégica do estado brasileiro reclama por um poder naval compatível, dotado de capacidade operacional crível, estruturada sob condições de eficiência que garantam seu pronto emprego para a defesa da pátria e a salvaguarda dos interesses nacionais.
O novo comandante se comprometeu a cumprir a "missão constitucional em estrita observância às políticas estratégias e planos nacionais e setoriais de Defesa".