Marcos Olsen assume comando da Marinha sem presença de antecessor

Marcos Olsen assume comando da Marinha sem presença de antecessor

É a primeira vez que a cerimônia ocorre sem a passagem presencial do comando anterior desde a redemocratizaçã

R7

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O almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen tomou posse, nesta quinta-feira (5), como comandante da Marinha no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pela primeira vez desde o processo de redemocratização, a cerimônia não contou com a participação do antecessor para a troca de cargo.

O comandante anterior da Marinha, Almir Garnier Santos, escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), faltou ao evento. A ausência causou um clima de mal-estar institucional e aliados do novo governo temem uma polarização interna ainda maior. 

Apesar de não ter comparecido à cerimônia, Garnier gravou um áudio, que foi reproduzido durante a posse. Nele, o ex-comandante desejou sucesso a Olsen, saudou a instituição e mandou lembranças ao novo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.  A aliados, o ex-comandante, considerado o mais próximo a Bolsonaro entre os líderes das Forças Armadas, já tinha dito que não participaria da troca. O motivo seria questões políticas. 

Discurso de posse

O novo comandante da marinha expressou, durante o discurso de posse, notória gratidão a Lula pela nomeação. Também agradeceu ao ministro da Defesa, a quem prometeu "ealdade, comprometimento, disponibilidade e diligência na condução da Força Naval. 

"Agora, a orientação do ministério da Defesa é apaziguar os ânimos e buscar a construção de um ambiente mais neutro. Em discurso, Múcio ressaltou que a Marinha é uma instituição de Estado e a responsabilidade do novo comandante consiste em "defender a nossa pátria e assegurar a soberania brasileira em terra ou no mar". 

Olsen destacou os desafios à frente da Marinha e disse estar "convicto da magnitude da responsabilidade e complexidade dos desafios que se impõem". A estatura político-estratégica do estado brasileiro reclama por um poder naval compatível, dotado de capacidade operacional crível, estruturada sob condições de eficiência que garantam seu pronto emprego para a defesa da pátria e a salvaguarda dos interesses nacionais.

O novo comandante se comprometeu a cumprir a "missão constitucional em estrita observância às políticas estratégias e planos nacionais e setoriais de Defesa". 


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