Maria do Rosário espera agilizar Comissão da Verdade para esclarecer fatos sobre a ditadura

Maria do Rosário espera agilizar Comissão da Verdade para esclarecer fatos sobre a ditadura

Ministra dos Direitos Humanos busca informações sobre desaparecidos políticos no Brasil

Correio do Povo e Rádio Guaíba

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A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, espera agilizar a "Comissão da Verdade", projeto de lei apresentado pelo presidente Lula em maio de 2010, para esclarecer fatos ainda obscuros do período da ditadura militar no Brasil. "Pessoas com capacidade de reconhecimento e recuperação da história do Brasil serão convidadas a partipar da Comissão, que será encabeçada pela presidente Dilma. Queremos notícias sobre o que houve no período e informações sobre desaparecidos, porque ainda há desaparecidos políticos da época da ditadura no Brasil", disse Rosário em entrevista ao programa Espera Pública, da Rádio Guaíba.

Sobre o seu trabalho à frente da pasta, Rosário garantiu que vai lutar pelo resgate das pessoas que estão em condição de vulnerabilidade, além de promover a mediação de conflitos e também políticas relacionadas com as casas prisionais. "O Ministério dos Direitos Humanos tem que garantiu que as crianças e adolescentes que entram em conflito com a lei tenham a perspectiva de se ressocializar. Outra meta da pasta é que não tenhamos mais crianças com AIDS no Brasil. Isso já é possível graças as pesquisas da medicina, desde que as mães infectadas pelo vírus façam o pré-natal, e tomem cuidados na hora do parto", explicou.

A ministra entende que sua pasta dialoga com todos os Ministérios e que o Brasil está ligado a várias organizações de Direitos Humanos, necessitando prestar contas à comunidade internacional sobre as ações que são desenvolvidas internamente. "Os brasileiros precisam ter em mente o conceito universal dos Direitos Humanos, independente da condição das pessoas, pois se trata do reconhecimento de que o indivíduo é único e que seus direitos são inalienáveis. Algumas pessoas ainda mantêm o discurso de que os Direitos Humanos só ficam evidentes quando se trata de defender bandidos rejeitados pela sociedade", analisou.

Durante a entrevista, Maria do Rosário adiantou que seu plano de trabalho para os meses de janeiro e fevereiro inclui o combate à homofobia. "As pessoas não podem ser discriminadas em nenhum lugar. Vou a São Paulo participar de uma manifestação com militantes dos movimentos GLTB para instalar agenda de combate a esse tipo de discriminação no país, com o apoio de autoridades e personalidades", finalizou.

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