Marina Silva: principal vetor das queimadas é desmatamento; não existe fogo natural na Amazônia

Marina Silva: principal vetor das queimadas é desmatamento; não existe fogo natural na Amazônia

Ministra anunciou que foram mobilizados mais de 300 brigadistas para combater o problema na região

Agência Brasil

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta sexta-feira que não existe fogo natural na Amazônia e ressaltou que o principal vetor dos incêndios no local decorre da prática do desmatamento. A ministra anunciou que foram mobilizados mais de 300 brigadistas para combater as queimadas que atingem a região. Pelos dados coletados na quinta-feira, 12, são, no total, mil focos de calor no Estado do Amazonas, segundo ela.

"O principal vetor das queimadas é desmatamento, não existe fogo natural na Amazônia. O fogo ou é feito propositalmente por criminosos ou é a transformação da cobertura vegetal para determinados usos e depois o ateamento do fogo", disse a ministra durante coletiva à imprensa convocada nesta sexta para anunciar as ações do governo no combate às queimadas no Amazonas.

A ministra pediu apoio da população ao reforçar que, além da ação dos brigadistas e de todo o efetivo envolvido, é necessário que as pessoas parem de atear fogo no local. Ela citou a atuação "criminosa" em propriedades privadas e áreas públicas como um dos fatores que agravam as queimadas no Estado.

"É uma situação de extrema gravidade porque há cruzamento de três fatores: grande estiagem provocada pelo El Niño; matéria orgânica em grande quantidade ressecada; ateamento de fogo em propriedade particulares e dentro de áreas públicas de forma criminosa", avaliou Marina.

A ministra destacou que a determinação dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que as equipes federais ajam em parceria com os governos dos Estados, dispondo de tudo que for necessário para o combate aos incêndios.

O Ministro do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Goés, citou que o desafio no Estado é grande pela logística na Amazônia. Como exemplo, ele citou que em alguns locais as equipes demoram cerca de 12 dias para chegar com comida.


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