Material recolhido no acampamento do QG será devolvido aos donos

Barracas, lonas, alimentos e demais materiais recolhidos durante a desocupação do acampamento de bolsonaristas em frente ao Quartel-General do Exército nesta segunda-feira (9), em Brasília, serão devolvidos aos donos que conseguirem comprovar que pertence a eles. De acordo com a comunicação do Exército, os responsáveis poderão se apresentar no Comando Militar do Planalto e pedir a devolução após o término das operações.

Até o início da tarde, aproximadamente 1,2 mil pessoas já haviam sido retiradas do local pelos militares. A previsão é de que aproximadamente 3 mil pessoas tenham se reunido no acampamento durante o final de semana.

O desmonte e o recolhimento dos objetos começou no início da manhã, após uma ação determinada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de domingo (8). Na determinação, foi dado o prazo de 24 horas para que as forças militares começassem a agir e para que as pessoas deixassem o acampamento que já está instalado no local há aproximadamente 60 dias.

Os manifestantes foram levados em ônibus das empresas que atendem a população do DF para passar por averiguação de documentos e para checar se participaram dos atos de vandalismo na Esplanada dos Ministérios no domingo (8).

A coordenação da operação foi realizada ainda na noite de domingo, após reunião entre os ministros José Múcio, Flávio Dino e Antonio Costa. De acordo com o Exército, 960 militares da Força estão envolvidos na limpeza do local. Agentes da Polícia Militar do DF chegaram a formar uma grande fila de militares em frente ao acampamento.

De acordo com a Polícia Civil do DF, um total de 204 pessoas foram presas e autuadas em flagrante por crimes praticados no domingo. Foram apreendidos 42 celulares durante os atos antidemocráticos ocorridos na capital do país.