MBL tenta desocupar colégios no Paraná à revelia da Justiça

MBL tenta desocupar colégios no Paraná à revelia da Justiça

Polícia Militar precisou ser deslocada ao local para que não houvesse agressões aos estudantes

AE

Líder do MBL, Éder Borges, chegou a gravar um vídeo da tentativa de desocupação de uma escola do Paraná

publicidade

Uma tentativa do Movimento Brasil Livre (MBL) de desocupar dois colégios de Curitiba quase termina em briga. Horas depois de o governo conseguir na Justiça a reintegração de posse de 88 escolas, sendo 25 na capital paranaense, representantes do movimento foram aos Colégios Pedro Macedo e Lysimaco Ferreira da Costa nos bairros Água Verde e Portão e usaram carros de som e pressão para que os estudantes deixassem os colégios.

A Polícia Militar precisou ser chamada para que não houvesse agressões sobre o grupo de estudantes - em sua maioria menores de idade. O governo não comentou a ação do grupo. A liminar foi concedida a pedido da Procuradoria-Geral do Estado. Na decisão, a juíza Patrícia de Almeida Gomes, da 5ª Vara de Fazenda Pública, estabelece ainda multa no valor de R$ 10 mil ao dia em caso de descumprimento.

No Paraná, havia 860 colégios e 11 universidades ocupadas, segundo o movimento Ocupa Paraná até quinta-feira, 27, e o governo informou no fim da manhã desta sexta-feira, 28, que contabiliza 491 colégios ainda ocupados - 99 foram liberados nas últimas 24 horas. Pela manhã, o grupo Ocupa UFPR (Universidade Federal do Paraná) anunciou a ocupação do câmpus de Artes e do prédio da Saúde, no Setor de Ciências da Saúde.

MBL

O líder do MBL Éder Borges, chegou a gravar um vídeo ao vivo durante a tentativa de entrar na escola, no Facebook, e informava que o movimento estava desocupando mais "uma escola no Paraná". O advogado Marcelo Veneri disse que o MBL, ao "tentar por conta própria desrespeita a Justiça, pois o processo de reintegração de posse deve seguir um ritual, acompanhado de todas as autoridades competentes". O grupo pode ser enquadrado em crimes de desobediência, injúria e difamação.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895