MDB confirma Sartori para buscar inédita reeleição ao governo do RS
Coligação é formada por PSD, PSB, PR, PSC, PRP, PMN, PTC e Patriotas
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O evento, da qual participaram pelo menos três mil pessoas, foi reforçado com as presenças dos candidatos do MDB na disputa presidencial: Henrique Meirelles e o vice Germano Rigotto. A convenção gaúcha serviu ainda como oficialização da inclusão do nome de Rigotto na chapa nacional, definida pelo governo Temer e o comando partidário no sábado.
O anúncio da majoritária estadual foi feito às 13h30min pelo presidente do diretório no RS, deputado federal Alceu Moreira, após 461 dos 485 delegados votantes aprovarem a chapa. A eleição teve outros 14 votos em branco e 10 nulos. E, depois do anúncio, o evento se estendeu ainda por mais 40 minutos, sendo encerrado com o pronunciamento de Sartori.
Em cerca de 30 minutos de fala, Sartori chamou a atenção com um discurso contrastante com aquele que vinha mantendo até então, de não admitir abertamente a candidatura, e evitar afirmações mais incisivas sobre adversários tanto da disputa regional como na nacional. “Os projetos individualistas foram todos derrotados pela história. Não é a vaidade, não é a aventura, não é o populismo que vai nos conduzir para o futuro. Não há nada mais mofado do que isso”, bradou. Em outro momento, mesmo destacando que não faz críticas ao passado, assinalou: “O fato é que pegamos um Estado de joelhos, falido, e ao mesmo tempo egocêntrico, soberbo, voltado para si e de costas para a sociedade.”
Ao final do discurso, o governador afirmou ter três grandes objetivos em uma eventual segunda administração: a aprovação da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal proposto pela União; a privatização de estatais “para concentrar esforços no essencial: segurança, saúde, educação, infraestrutura e políticas sociais”, e o estabelecimento de condições para, durante o período de suspensão do pagamento da dívida, atrair novas empresas ao RS.
Na coletiva que sucedeu a convenção, ao ser questionado sobre se o governo Temer ajuda ou atrapalha na corrida estadual, Sartori foi enfático. “O Temer nunca me faltou, mesmo que eu não tenha apoiado ele na outra eleição para vice-presidente da República. Ele nunca deixou de me atender. Sempre foi muito positivo e sempre abriu as portas.”
Ladeado por Meirelles e Rigotto, o governador completou ainda que não tem preconceito com quem está no governo ou fora dele, e exaltou a composição da chapa de seu partido na disputa presidencial. “O Meirelles e o Rigotto são uma construção muito positiva. O Rigotto vai ter um grande protagonismo, vai auxiliar muito na parte política, para observar a sintonia com a sociedade.”
Além da oficialização das candidaturas, o evento de ontem serviu para explicitar o tom da campanha da chapa majoritária. O MDB vai apostar alto no poder de repercussão da militância, na grande estrutura que tem no RS e em uma publicidade caprichada. A coordenação de comunicação, a cargo de José Antônio Vieira da Cunha, vai repetir a máxima do gringo simples, honesto e trabalhador.