Meirelles: com controle da parte fiscal, sobrará mais recursos para investimento

Meirelles: com controle da parte fiscal, sobrará mais recursos para investimento

Ministro afirmou também que investidores globais se interessaram pelo país durante Fórum Econômico em Davos

AE

Ministro afirmou também que investidores globais se interessaram pelo país durante Fórum Econômico em Davos

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, repetiu nesta quarta-feira que a expectativa de todos os economistas é de que 2018 terá crescimento mais forte que o do ano passado. Segundo ele, os investimentos devem ser retomados neste ano. "Na medida em que tivermos fiscal controlado, sobrará mais recursos para investimentos. Com o passar do tempo, a população irá sentir melhora na economia", afirmou, em entrevista à Rádio Verdes Mares (CE).

De acordo com ele, durante as reuniões do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, muitos investidores globais o procuraram com planos concretos para novas operações no Brasil. "O País voltou a crescer e criar oportunidades para novos investimentos", afirmou. "O povo brasileiro pode ter esperança, que o Brasil voltou gerar emprego. A inflação caiu e o povo vai sentir isso cada vez mais. Temos ainda muitos desafios, mas a mensagem à frente é de esperança e otimismo", acrescentou.

Questionado sobre o atual patamar do dólar em relação ao real, Meirelles respondeu que é normal que o câmbio varie de acordo com a situação do País e cenário internacional. "Para quem viaja ao exterior, quanto mais baixo do dólar, melhor. Mas, para o setor exportador, é justamente o contrário. É importante que a moeda dê condições aos exportadores para terem preços competitivos", completou.

Previdência

O ministro da Fazenda voltou a dizer que confia na aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados em fevereiro e sinalizou que o governo respeitará eventuais mudanças que os deputados façam na proposta que está no plenário. "Já houve muita negociação e já foram feitas mudanças pelo relator. Hoje temos substitutivo que já reflete muitas dessas negociações e julgamos esse projeto adequado, correto e já bastante equilibrado, atendendo o interesse de todos", avaliou o ministro.

Meirelles lembrou, porém, que o Congresso é soberano para discutir e aprovar o projeto que tiver maioria. "Não se trata de dizer quais pontos são negociáveis. Estamos defendendo o projeto atual e mostrando importância dele. Evidentemente, o Congresso pode introduzir mudanças, que respeitaremos completamente com como sempre fizemos", completou.

Candidatura

O ministro da Fazenda repetiu que só decidirá sobre sua candidatura à Presidência da República no final de março e não condicionou essa decisão à aprovação da reforma da Previdência agora em fevereiro. "A reforma da Previdência é importante não para candidatura, mas para o Brasil", respondeu. "Hoje minha atenção está concentrada 100% no trabalho como ministro da Fazenda", enfatizou.

Questionado sobre a declaração do líder de seu partido na Câmara dos Deputados, Domingos Neto (PSD-CE), ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado nesta semana, de que o ministro precisa "se mexer" para estar à frente da disputa presidencial, Meirelles disse que irá procurar mais parlamentares após decidir se irá ser candidato, mas também deu a entender que já está trabalhando neste sentido.

"Se tomar a decisão de ser candidato, terei que conversar não só com os parlamentares do PSD, como também com parlamentares de outras legendas. Hoje o diálogo está mais concentrado na reforma da Previdência e terei que conversar também sobre um projeto político. Também terei que conversar com a população, como exatamente já estamos fazendo aqui na rádio", destacou Meirelles.

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