Menos de 9% das mulheres conseguem receber auxílio emergencial gaúcho

Menos de 9% das mulheres conseguem receber auxílio emergencial gaúcho

Projeção inicial era de atender 8,1 mil chefes de família, mas, na prática, ajuda não atingiu 700

Mauren Xavier

Comissão de Economia discutiu os problemas no pagamento do auxílio emergencial gaúcho

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Sancionado em abril deste ano, o auxílio emergencial gaúcho beneficiou até agora 695 mulheres chefes de famílias em situação de vulnerabilidade, das 1.122 aptas pelo cadastramento. Porém, na proposta original, o Executivo estimava beneficiar 8.161 mulheres. Assim, efetivamente menos de 9% do público alvo total foram contemplados. O dado foi citado nesta segunda-feira pela coordenadora do departamento de Assistência Social da Secretaria da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social, Ana Duarte, durante audiência pública da Comissão de Economia da Assembleia. 

Ao grupo, ela defendeu a readaptação da lei para enfrentar as dificuldades burocráticas para o cumprimento do dispositivo legal. A informação associada ao fato de que outros grupos que também seriam beneficiados enfrentam dificuldades para o cadastramento, gerou críticas por parte dos deputados. 

O presidente da comissão, Zé Nunes (PT), considerou o resultado do programa uma tragédia e cobrou mais transparência na apresentação dos dados no cumprimento da lei. Colega de bancada, Valdeci Oliveira afirmou que em maio fez um pedido de informações para o governo, solicitando a quantidade de famílias e empresas beneficiadas, sem receber nenhum retorno até agora. 

O deputado Elton Weber (PSB) propôs uma audiência com a secretária Regina Becker para resolver os problemas burocráticos e de adequação da norma legal. O deputado Faisal Karam (PSDB), partido do governador Eduardo Leite, questionou as razões que levaram o projeto a não atingir as metas. Um dos encaminhamentos da comissão foi o pedido de esclarecimentos por parte do Executivo. 

A bancada do Novo também havia solicitado dados do programa. Segundo Giuseppe Riesgo, a aceitação foi baixa, pois o desenho do programa foi inadequado. “O governo definiu um público alvo adequado, mas impôs tantas restrições de acesso ao benefício que a operacionalização do programa ficou inviável”, pontuou o deputado.


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