Ministro da Comunicação prega "bom senso" em processo do impeachment

Ministro da Comunicação prega "bom senso" em processo do impeachment

Edinho Silva afirmou que Dilma não cometeu crime de responsabilidade e baixa popularidade não é justificativa

AE

Edinho Silva acredita no bom senso e na reflexão em processo de impeachment

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O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, afirmou nesta quinta-feira em entrevista à Rádio Capital, que o governo acredita no "bom senso e na reflexão" de deputados federais para rejeitar a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, cujo desfecho na Câmara deve ocorrer até meados deste mês.

Edinho voltou a pregar ainda um pacto político entre "situação, oposição e terceira via", em busca de uma agenda comum para superar a crise política. "Respeitamos o parecer (do deputado federal Jovair Arantes) que foi lido (ontem) na comissão de impeachment, mas acreditamos no bom senso e na reflexão dos parlamentares. Aguardamos o bom senso já na comissão e, em última instância, confiamos no posicionamento dos deputados do plenário", disse. 

"A pergunta que todas as lideranças precisam fazer é: o que será do Brasil no dia seguinte pós-impeachment, seja o desfecho que for? Temos de retomar o ambiente de diálogo (...) com situação, oposição e terceira via, e criar uma agenda nacional, apesar das divergências", completou.

O ministro voltou a dizer que Dilma não cometeu crime de responsabilidade passível de afastá-la do cargo e afirmou que a baixa popularidade da presidente não pode ser justificativa para o impeachment. "O que não pode é a baixa popularidade justificar o pedido de impeachment. Isso abre um precedente gravíssimo. Toda vez que um governante passar por dificuldades vamos interromper o mandato?", indagou. Na entrevista à emissora de rádio paulista, o ministro reafirmou ainda que o governo reconhece o aprofundamento da crise, mas avaliou que a parte da crise econômica é contaminação política.

Edinho disse que os números da economia já melhoraram, mesmo diante do cenário turbulento. "A inflação já começa a cair e caminha para a meta. Deve ficar por volta de 7%. Teremos ainda 40 bilhões de dólares de superávit da balança, e temos 370 bilhões de dólares em reservas cambiais", justificou.

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