Ministro da Justiça pede à PF que investigue institutos de pesquisa

Ministro da Justiça pede à PF que investigue institutos de pesquisa

Empresas que fazem levantamentos sobre intenção de voto erraram previsões para o primeiro turno

R7

publicidade

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, informou nesta terça-feira que pediu à Polícia Federal a abertura de uma investigação contra institutos de pesquisa de intenção de voto que erraram as previsões para o primeiro turno das eleições deste ano.

"Acabo de encaminhar à PF o pedido de abertura de inquérito sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais. Esse pedido atende a representação recebida no MJSP, que apontou “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados por alguns institutos", anunciou Torres em uma rede social.

As principais empresas do país que fazem levantamentos sobre a preferência do eleitorado brasileiro erraram diversas previsões para o primeiro turno deste ano, que aconteceu no domingo.. Algumas amostras, por exemplo, davam menos de 40% dos votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL) e apontavam a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhar sem a necessidade de segundo turno, o que não aconteceu.

Reação do Congresso Nacional

No Congresso, deputados e senadores demonstraram insatisfação com a falta de assertividade dos institutos. Parlamentares da base do governo prometeram pedir a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as empresas.

Além disso, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou ao R7 que pretende apresentar um projeto de lei para punir institutos de pesquisa que errarem resultados de eleições no Brasil.

De acordo com Barros, o desempenho das empresas preocupa. Por isso, ele defende uma reação do Congresso. “Vamos discutir, ainda esse ano, um projeto para criminalizar pesquisas que não batam com o resultado das eleições ou que fiquem fora da margem de erro, com cadeia e multa”, detalhou.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895