Ministro da Segurança sugere aumento do policiamento estadual nas escolas

Ministro da Segurança sugere aumento do policiamento estadual nas escolas

Medida será proposta em documento aos governadores

Kyane Sutelo

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, durante coletiva de anúncio de medidas contra violência nas escolas.

publicidade

Em coletiva, nesta quarta-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino anunciou que irá propor novas medidas aos governos estaduais para combater as ameaças e casos de violência em escolas. O ministro afirmou que encaminhará aos estados um documento com sugestões adicionais. Dentre elas, Dino mencionou reforço do policiamento ostensivo, principalmente nos próximos dias, devido à “multiplicação de postagens” com ameaças sobre o dia 20, ainda que não sejam verdadeiras.

Conforme o ministro também será sugerido pelo governo federal que os estado criem comitês de segurança nas escolas. O objetivo é que o tema possa ser discutido por todas as partes interessadas: autoridades de segurança, Ministério Público, profissionais do ensino e sociedade civil. 

O governador Eduardo Leite se reuniu com o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, e com a secretária da Educação, Raquel Teixeira, no Palácio Piratini, para tratar das estratégias e ações para garantia da segurança no ambiente escolar. 

Plataformas de redes sociais

O ministro ainda anunciou uma nova portaria com medidas práticas para prevenção de casos de violência em escolas, sem prazo de validade. O foco do documento, conforme explicou o ministro em coletiva, é o controle de  conteúdos em redes sociais. “Não se trata, portanto, de uma regulação ampla dos serviços, mas de uma regulação estrita, especifica, para ameaças contra estudantes, crianças e adolescentes”, detalhou Dino.

Dentre as determinações está a de que a Secretaria Nacional do Consumidor instaure processos administrativos para apuração de responsabilidade de cada empresa em face da eventual violação do dever de segurança e de cuidado em relação aos conteúdos veiculados que ofereçam perigo aos estudantes. As empresas ainda precisarão enviar relatório ao governo com as medidas tomadas e apresentar informações sobre os algoritmos utilizados, além de auxiliarem a polícia. 

O ministro ressaltou que o documento segue o Código de Defesa do Consumidor, visto que as plataformas são empresas prestadoras de serviços e estão sujeitas a sanções como multas e suspensão das atividades. Segundo Dino,  esse não é o intuito do governo e sim a adequação dos serviços. “Uma criança vale mais do que todos os termos de uso de todas as plataformas”, afirmou.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895