Ministro das Cidades consegue adiar depoimento no Senado
Mário Negromonte foi convocado a falar sobre suposta fraude de R$ 700 milhões no Mato Grosso
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O líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), acusou o ministro de tentar ganhar tempo para se esquivar mais uma vez das denúncias. "Essa fuga compromete ainda mais o governo", criticou. Para Dias, a operação orquestrada pela diretora de Mobilidade Urbana do Ministério, revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo, é ainda mais grave porque "a fraude está documentada".
Dias receia que as denúncias contra Negromonte percam fôlego até a próxima semana, quando o Senado estará focado na votação das mudanças no Código Florestal e na prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU). O tucano lembra que o ministro conseguiu se furtar do comparecimento à Casa em agosto, quando foi aprovado o convite para que ele se explicasse sobre as primeiras denúncias de irregularidades na pasta: o favorecimento a empresas que haviam doado cerca de R$ 15 milhões para campanhas do PP, partido de Negromonte, e tocavam obras da pasta impugnadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), vai se reunir nesta semana com lideranças do PSDB e PPS para discutir uma estratégia conjunta sobre as denúncias contra Negromonte. O líder do PT, Paulo Teixeira (SP), tentou amenizar a ofensiva oposicionista contra o Ministério das Cidades. Teixeira sustenta que as mudanças no projeto foram feitas a pedido do governo do Estado, com o devido "respaldo técnico".