Ministro diz que trocará equipe da PF em caso de vazamento

Ministro diz que trocará equipe da PF em caso de vazamento

Eugênio Aragão afirmou à Folha de São Paulo que condena ato que aumenta crise no País

Correio do Povo

Ministro da Justiça diz que trocará equipe da PF em caso de vazamento

publicidade

O recém-empossado ministro da Justiça, Eugênio Aragão, afirmou em entrevista à Folha de São Paulo que a primeira atitude a se tomar em caso de novo vazamento das investigações da Polícia Federal, será realizar a troca da equipe toda. "Se eu sentir um cheiro de vazamento, eu troco a equipe. Agora, quero também que, se a equipe disser "não fomos nós", que me traga claros elementos de quem vazou, porque aí vou ter que conversar com quem o fez. Não é razoável, com o País num momento de quase conflagração, que os agentes aproveitem esse momento delicado para colocar gasolina na fogueira", disse o ministro que também sugeriu que o juíz Sérgio Moro cometeu crime ao divulgar áudios com Dilma.

Ao ser questionado sobre o direito da sociedade em conhecer as informações, Aragão afirma à Folha que há um conflito entre o interesse público pela informação e a presunção da inocência, que por ele, sempre será colocada em primeiro lugar. O ministro ainda afirmou que não tem intenção de influenciar na Operação Lava Jato, da qual a PF é uma parte importante. 

Segundo o ministro, ninguém tem permanência fixa na Polícia Federal, a não ser o secretário executivo, Marivaldo Pereira. Quanto ao diretor-geral, Leandro Daiello, Aragão disse não ter conversado com Daiello sobre assunto e que aguarda um levantamento da situação da PF. Aragão comenta que não tem intenção de interferir nas atividades da polícia, mas que precisa saber dos acontecimentos, para que tenha preparo em relação à possíveis impactos políticos. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi citado, por seus comentários sobre Aragão "que precisa ter pulso firme e ser homem". O ministro da Justiça disse que entre quatro paredes, as pessoas falam o que querem e que não entende o interesse público nesse tipo de informação, que só pode ser enquadrada como "fofoca".

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895