Ministro do Interior da Itália telefona para Bolsonaro
Matteo Salvini agradeceu o empenho do Brasil em solucionar o caso do ex-ativista Cesare Battisti
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De acordo com nota do Palácio do Planalto, Salvini disse que o presidente brasileiro tem excelente imagem junto ao povo italiano e que sem a intervenção de Bolsonaro a extradição não teria se concretizado.- Ministro da Itália fala sobre Battisti.
- Parabéns a todos no Brasil que estiveram envolvidos no caso, na pessoa dos Ministros da Justiça, Relações Exteriores e GSI.
- Jair Bolsonaro. pic.twitter.com/WnBTWLaiEj — Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 13 de janeiro de 2019
“Para o presidente Bolsonaro, a conclusão do caso Battisti é um grande sinal que o Brasil dá de que não aceitará mais criminoso travestido de perseguido político, assim como simboliza o fim da impunidade nacional e internacional”, diz a nota.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo. O italiano se diz inocente e que foi vítima de perseguição política. Para as autoridades brasileiras e italianas, ele é considerado terrorista.
No sábado, Battisti foi preso em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, de onde foi levado direto para Roma, na Itália. O italiano será colocado na ala de segurança máxima da prisão de Rebibbia, na capital italiana, para cumprir pena de prisão perpétua.
O italiano passou 30 anos como fugitivo entre o México e a França e, em 2004, chegou ao Brasil, onde foi preso três anos depois. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição em uma decisão não vinculativa, que deixava a palavra final ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No último dia de seu segundo mandato, em 2010, Lula negou a extradição.
Em setembro de 2017, o governo italiano pediu ao ex-presidente Michel Temer a revisão da decisão sobre Battisti. No dia 13 de dezembro do ano passado, o ministro Luiz Fux determinou a prisão do ex-ativista. No dia seguinte, a extradição foi autorizada por Temer. Desde então, Battisti estava foragido.