Ministro Silvio Almeida critica atuação de Israel na Faixa de Gaza

Ministro Silvio Almeida critica atuação de Israel na Faixa de Gaza

Para ministro, governo israelense é desproporcional no uso da força

Correio do Povo

Ministro Silvio Almeida durante discurso

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O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, teceu críticas à atuação de Israel na Faixa de Gaza, durante discurso nesta segunda-feira na abertura do Segmento de Alto Nível da 55ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, na Suíça, conforme informações do site R7. Na visão do integrante do governo federal, há uma "desproporcionalidade do uso da força" por parte do governo israelense, além da “quebra de normas internacionais a partir da ocupação de territórios palestinos”.

As declarações do ministro ocorrem em contexto de crise diplomática entre Brasil e Israel. Neste mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou a atuação do governo israelense com o Holocausto. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler decidiu matar os judeus”, afirmou o petista durante a 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia.

Para o ministro Silvio Almeida, há uma "espécie de punição coletiva que já ceifou a vida de quase 30 mil palestinos". Por isso, em seu discurso nesta segunda-feira, pediu aos membros da ONU que reconheçam a situação e atuem para a mediação do conflito. "Incitamos que Israel cumpra integralmente com as medidas emergenciais determinadas pelo tribunal [da ONU], no sentido que cessem as graves violações dos direitos humanos", disse.

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Lula reforça posicionamento

Após as falas de Lula, Israel passou a considerar o presidente como "persona non grata", e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chegou a afirmar que as falas do brasileiro são "vergonhosas" e "graves". "Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender", destacou nas redes sociais.

Apesar do revés, Lula reafirmou na última sexta-feira que Israel comete um genocídio contra civis palestinos na Faixa de Gaza. O presidente também reiterou seu desejo de que um Estado Palestino livre soberano seja criado e viva em harmonia com o Estado de Israel.


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