Miranda apresenta documento de conversa com vendedor à CPI da Covid
Deputado entregou ata notarial com transcrição de conversa que teve com Rafael Alves
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O deputado Luís Miranda (DEM-DF) apresentou à CPI da Covid uma ata registrada em cartório que contém a transcrição de um conversa que teve no WhatsApp com Rafael Alves. O R7 Planalto teve acesso ao documento com a transcrição da conversa.
O parlamentar foi acusado nesta quinta-feira (1º) pelo depoente da CPI, o representante comercial da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, de ter tentado intermediar a compra de vacinas contra a Covid-19. Miranda apresentou a ata para tentar provar que a conversa que teve foi para um intermediação comercial de uma empresa sua nos EUA.
“Por rara coincidência, eu nunca deleto nada do meu telefone. E essa conversa se trata sobre a minha empresa nos Estados Unidos numa intermediação de aquisição de luvas. O áudio é enviado ao senhor Rafael Alves no dia 15 de outubro de 2020, não existia nem vacinas a disposição para serem vendidas", disse Miranda.
A conversa com Rafael Alves que consta na ata é de uma negociação para compra de uma carga de produtos. Não fica claro qual o produto está sendo negociado.
O deputado contesta os nomes informados pelo empresário em depoimento. Dominguetti disse que o áudio fora encaminhado para Cristiano, seu superior - Miranda falou que enviou para Rafael Alves. O parlamentar assegura ainda que nunca trabalhou intermediando compra de vacinas contra a Covid-19 para o ministério e avalia que a afirmação feita pelo empresário é uma tentativa de descontruir as testemunhas.
Dominguetti, policial militar de Minas Gerais que é também representante comercial da Davati Medical Supply, foi convocado para explicar o pedido de propina que teria ouvido de integrantes do Ministério de Saúde quando tentou negociar a venda de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca. A denúncia foi feita originalmente ao jornal Folha de S.Paulo.
No início de sua fala, no entanto, o vendedor apresentou um áudio que aponta Luís Miranda, que foi à CPI na semana passada fazer uma outra denúncia, como o responsável por tentar comprar vacinas em nome de um cliente não identificado diretamente da empresa Davati.