Missão gaúcha tenta viabilizar plano de recuperação fiscal

Missão gaúcha tenta viabilizar plano de recuperação fiscal

Ordem é elevar tom nas articulações após recusa da Secretaria do Tesouro Nacional

Taline Oppitz

Missão gaúcha tenta viabilizar plano de recuperação fiscal

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Desde esse domingo em Brasília, integrantes do governo gaúcho têm, a partir desta segunda-feira, a missão de tentar solucionar os impasses e viabilizar a adesão do Rio Grande do Sul ao Plano de Recuperação Fiscal. As articulações ocorrerão junto à área técnica, mas também no campo político. E a ordem é elevar o tom. A avaliação interna no Executivo gaúcho é a de que a Secretaria do Tesouro Nacional está agindo por interesses próprios, já que a previsão de déficit orçamentário da União para 2018 é de R$ 159 bilhões e com a necessidade de tentar manter a meta fiscal, não haveria disposição em abrir mão de R$ 11,5 bilhões.

O valor deixará de ser pago pelo Rio Grande do Sul em parcelas da dívida com a União ao longo de três anos. Haveria ainda o temor de que uma flexibilização por parte da STN nas exigências técnicas em relação ao governo gaúcho possa abrir margem para cobranças de outros estados por igual tratamento. “A Secretaria do Tesouro Nacional está complicando, então precisamos saber qual a real posição do presidente Michel Temer sobre o caso.

Uma decisão técnica não pode inviabilizar um estado inteiro, ainda mais o Rio Grande do Sul, que tem força política e econômica no cenário nacional”, disse um integrante do governo José Ivo Sartori à coluna. Apesar de contar com a promessa de empenho do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, interlocutores do Piratini irão buscar apoio de deputados federais gaúchos de partidos aliados à gestão Sartori. “A bancada federal gaúcha tem votos, e o Planalto precisa de votos para aprovar propostas que considera essenciais, como a Reforma da Previdência”, disse, reservadamente, a liderança do Piratini.

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