Moreira Franco diz que delação de Funaro é "encomenda remunerada"

Moreira Franco diz que delação de Funaro é "encomenda remunerada"

Aliado de Temer foi citado por doleiro como receptor de dinheiro para liberar recursos do FGTS

AE

Aliado de Temer foi citado por doleiro como receptor de dinheiro para liberar recursos do FGTS

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O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, utilizou o Twitter neste domingo para criticar a delação premiada do operador financeiro Lúcio Funaro e desqualificar o ex-procurador da República Rodrigo Janot. Na rede social, Franco diz que a delação é "uma encomenda remunerada", após o naufrágio da primeira denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer.

Moreira Franco foi citado pelo doleiro, ao lado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, como receptor de dinheiro para facilitar a liberação de recursos do FGTS. Ainda de acordo com Funaro, apontado como o operador de propina do PMDB, diversas operações envolvendo o FI-FGTS renderam vantagens indevidas a ele e a políticos peemedebistas.

"Como o objetivo da dupla Joesley e Janot era derrubar Michel Temer, após a derrota na 1ª denúncia, só um fato novo justifica a segunda flecha", afirmou Franco, em referência à segunda denúncia da PGR contra o presidente da República, ainda sobre o comando de Janot. "Seria um delivery de matéria-prima: Janot pedia e Joesley pagava", acrescentou o ministro, ao citar as denúncias realizadas em delação premiada pelo dono do grupo J&F, Joesley Batista, preso desde o mês passado.

Neste sábado, o advogado do presidente Michel Temer, Eduardo Pizarro Carnelós, atacou o vazamento "criminoso" dos vídeos com depoimentos de Funaro ao Ministério Público. Ele classificou a divulgação da fala do delator como "mais um abjeto golpe ao Estado Democrático de Direito".

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