Moro adverte que anistiar corrupção ameaça Lava Jato e futuro do Brasil
Juiz afirmou que "toda anistia é questionável, pois estimula desprezo à lei e gera desconfiança"
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É a primeira manifestação pública de Moro contra as articulações dos parlamentares. Para o magistrado, a anistia
"deve ser prévia e amplamente discutida com a população e deve ser objeto de intensa deliberação parlamentar". "Preocupa, em especial, a possibilidade de que, a pretexto de anistiar doações eleitorais não registradas, sejam igualmente beneficiadas condutas de corrupção e de lavagem de dinheiro praticadas na forma de doações eleitorais, registradas ou não".
"Anistiar condutas de corrupção e de lavagem impactaria não só as investigações e os processos já julgados no âmbito da Operação Lava Jato, mas a integridade e a credibilidade, interna e externa, do Estado de Direito e da democracia brasileira, com consequências imprevisíveis para o futuro do País. Tem-se a esperança de que nossos representantes eleitos, zelosos de suas elevadas responsabilidades, não aprovarão medida dessa natureza."