Moro bloqueia bens de executivo da Petrobras por propinas em Pasadena
Segundo delatores, Demarco Jorge Epifânio teria recebido 200 mil dólares pela compra da refinaria
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A ordem judicial alcança ativos mantidos em contas e investimentos bancários de Epifânio, além de aplicações em ações, fundos de investimento, previdência privada. A medida foi tomada no âmbito da Operação Vício, 30ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira. A Polícia Federal não localizou o executivo. A suspeita dos investigadores é que ele estaria fora do Brasil.
Delatores da Lava Jato, como o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, revelaram que o executivo teria recebido pelo menos US$ 200 mil em propinas por Pasadena, comprada em 2006 pela empresa brasileira. Os investigadores suspeitam que Epifânio teria recebido valores ilícitos também em outros polêmicos negócios da estatal petrolífera, a contratação dos navios sondas Vitória 10.000 e Petrobrás 10.000.
Agosthilde Mônaco, outro colaborador da Lava Jato, afirmou que o montante destinado ao executivo da Internacional teria sido retirado dos US$ 1,8 milhão recebidos por ele "a título de propina referente à aquisição da Refinaria Pasadena". Epifânio também foi citado por Eduardo Musa, ex-gerente de Internacional da Petrobrás.
"Pelo teor dos depoimentos prestados pelos colaboradores Fernando Soares, Eduardo Musa e Agosthilde Mônaco, Demarco Epifânio teria participado do grupo que recebia vantagem indevida decorrente dos contratos de fornecimento dos navios-sonda e possivelmente da aquisição da Refinaria de Pasadena", destacou o juiz Moro no despacho que autorizou realização de buscas na residência do executivo.
Fernando Baiano confirmou o nome de Epifânio como sendo um dos executivos da Área Internacional beneficiados pelo recebimento de propina nos contratos de fornecimento dos navios-sonda.