Moro diz que está sobrecarregado e abre mão de processo da Lava Jato
Juiz avalia que ação penal não tem ligação com a Petrobras ou com o setor de propinas da Odebrecht
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A 48ª fase ficou conhecida como Integração e investiga uma concessionária de pedágio do Paraná que teria pago propina a agentes públicos. Segundo Moro, apesar das conexões, a ação penal não tem ligação com a Petrobras ou com o Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. Ele ainda afirmou que está sobrecarregado.
"Outra questão diz respeito à sobrecarga deste Juízo com as persistentes apurações de crimes relacionados a contratos da Petrobras e ao Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. O número de casos é elevado, bem como a complexidade de cada um, gerando natural dificuldades para processamento em tempo razoável", escreveu Moro no despacho.
Investigação
Em fevereiro, seis pessoas foram presas na Operação da PF (Polícia Federal). Entre elas, o ex-diretor-geral do DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) Nelson Leal Junior. A sede do governo estadual foi alvo de mandado de busca e apreensão no dia da operação. A investigação teve início na Justiça Federal de Jacarezinho, no interior do Paraná, porém, os autos foram encaminhados a 13ª Vara Criminal.
"Foi da iniciativa daquele Juízo remeter os processos para a Justiça Federal de Curitiba, no que agiu acertadamente ao verificar a presença de indícios de crimes de lavagem e que, a confirmar a hipótese de investigação, foram depois objeto da denúncia", escreveu o juiz federal no despacho. Moro disse que assumiu a ação penal ao notar “pontos de conexões” entre a investigação e a Lava Jato, como a participação dos operados Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran.