Mourão dá palestra na Câmara do Comércio de Rio Grande

Mourão dá palestra na Câmara do Comércio de Rio Grande

Vice-presidente da República participou de encontro com empresários

Angelica Silveira

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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, palestrou nesta sexta-feira na Câmara do Comércio, em Rio Grande. Participaram do evento Tá em Pauta empresários, convidados e autoridades  O tema da palestra foi a  conjuntura nacional e seus reflexos para o Rio Grande e  a metade sul. Na abertura  do presidente da  entidade, Paulo Bertinetti aproveitou a oportunidade para indagar  Mourão sobre a questão da Termelétrica Rio Grande que teve o projeto interrompido por meio do não reconhecimento da ANEEL de transferência do projeto para o grupo espanhol Cobra.

O vice-presidente disse que  irá pessoalmente conversar com a nova direção da ANEEL, que toma posse na próxima semana, para tentar encontrar uma solução para o impasse. Na palestra, Mourão falou sobre pandemia e suas consequências na economia mundial. “A Covid-19 causou uma crise  financeira que trouxe inflação para todos os países do mundo. Outro fator é o conflito da Rússia com a Ucrânia que também contribuiu para o aumento da inflação e da fome no mundo”, enumerou. 

Mourão também destacou o que foi feito pelo  Governo Federal. “Reduzimos os gastos do Governo e uma das medidas foi a  reforma da previdência que irá gerar uma economia de R$ 800 bilhões em dez anos”, exemplificou. Ele lembrou que outra forma de economia é a reforma administrativa que atualmente está parada no Congresso. “Fizemos a reforma de uma maneira informal, onde contratamos menos pessoas que se aposentaram. Também estamos avançando na privatização da Eletrobrás”, diz. 

Para Mourão, ainda há o que  diminuir os custos do Estado. Ele reclamou do sistema tributário. “Somos pouco produtivos, pois existe um custo que faz cair a produtividade. Precisamos de um imposto único e uma regra de transição que acerte a desigualdade entre os setores”, disse.

Mourão disse que  de cada R$ 100 que o Governo arrecada, R$ 93 estão comprometidos e R$ 65 são usados para pagar salários. Para o vice-presidente, a democracia brasileira se  ressente de um desequilíbrio entre os poderes, o que segundo  ele, são fruto das ações do poder judiciário. “Eles invadem onde  não deveriam interferir, pois não tem mandado para isto. Quem discute a lei é quem é eleito pelo povo. É necessário que os três poderes saibam seus limites”, opinou. 

Mourão garantiu que o Brasil reduziu o desmatamento na Amazônia entre  agosto de 2021 e julho de 2022. “Não é a redução que queremos, mas é  o início. O Brasil é uma grande potência agropecuária e ambiental no mundo e ninguém pode discutir isso sem a nossa presença”, pondera.

Sobre democracia, Mourão disse que ela não está ameaçada no país. “Há um pânico exagerado, uma semeadura de pânico, pois o partido da grande imprensa perdeu a eleição em 2018”, observa. Para ele, a democracia só funciona com a lei valendo para todos de forma igualitária. “Temos um caminho para chegar ao nosso destino,  passar pelas reformas e parar com as discussões que não levam a nada”, destaca. 

No final da  palestra, além da questão da termelétrica, o presidente da Câmara do Comércio  solicitou uma posição do vice-presidente sobre a conclusão das obras de duplicação da BR 116 e da área de acesso ao Porto do Rio Grande, na BR 392. “Na semana passada estive no Dnit é  está contratada a duplicação da BR 116 e da BR 392  está projetado e planejado. O problema é a previsibilidade recursos”, observou.


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