Movimentos sociais pedem constituinte para reforma política

Movimentos sociais pedem constituinte para reforma política

Campanha pelo plebiscito para uma constituinte é organizada por cerca de 480 entidades

Agência Brasil

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Movimentos sociais fizeram manifestação no início da noite desta terça-feira em São Paulo pedindo plebiscito para convocação de uma assembleia constituinte exclusiva para uma reforma política. A manifestação, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), reuniu cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar.

“Nós queremos que se convoque um plebiscito para submeter à população se ela quer a convocação de uma assembleia nacional constituinte para reformar o sistema político. Uma vez vitoriosa essa pergunta, nós queremos que se instale uma assembleia constituinte exclusiva, soberana, com os representantes do povo, eleitos sob um prisma de novas regras”, destacou o coordenador da campanha pelo plebiscito e coordenador estadual da Central de Movimentos Populares. Raimundo Bomfim.

A campanha pelo plebiscito para uma constituinte é organizada por cerca de 480 entidades, entre sindicatos, organizações não governamentais, movimentos populares, movimentos estudantis e institutos culturais. A campanha já realizou um plebiscito popular sobre a constituinte, e divulga haver recebido aproximadamente oito milhões de votos favoráveis.

“Não podemos convocar a constituinte com as regras atuais que estão aí. Com este Congresso nós não vamos reduzir a jornada de trabalho para 40 horas, não vamos avançar na reforma agrária, não vamos avançar na reforma urbana, nós não vamos avançar no financiamento público de campanha, porque são essas regras que mantêm este Congresso Nacional", destacou Bomfim.

Segundo ele, em meados de outubro, em reunião com representantes das entidades que participam da campanha pelo plebiscito da constituinte, a então candidata e hoje reeleita presidenta da República, Dilma Rousseff, apoiou a iniciativa.

“A reforma política apareceu nas eleições, principalmente no segundo turno, mas desde o primeiro, que tanto a direita quanto a esquerda pautava a reforma política. É algo que a população como um todo está sentindo a necessidade de fazer. Tanto setores mais conservadores, como setores mais à esquerda”, avaliou a coordenadora do Levante Popular da Juventude, Larissa Sampaio.

Segundo ela, o que está em disputa é se a reforma política resultará em mais participação popular no Poder Público e em aprofundamento da democracia. “A reforma política está em disputa, e nós temos de disputá-la para que beneficie o povo, para que ela seja mais democrática, para que a gente tenha um Congresso com maior participação popular, onde as mulheres participem, onde o LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) participe, onde os negros e negras participem”, disse.

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