MPF pede condenação de Vaccari e Renato Duque por lavagem de dinheiro
Procuradores pedem que seja devolvido à Petrobras o valor de R$ 4,8 milhões
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Os procuradores pedem que seja devolvido à Petrobras o valor de R$ 4,8 milhões "correspondentes ao dobro do valor total dos numerários ilícitos lavados pelos denunciados a partir das condutas objeto de imputação na presente denúncia" e que seja determinada a perda, em favor da União, "de todos os bens, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos crimes de lavagem de ativos".
Em abril do ano passado, o juiz Sérgio Moro abriu ação penal contraJoão Vaccari Neto, Renato Duque e o empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto. Os três foram denunciados pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro. Segundo os procuradores, parte da propina paga a Renato Duque passou pela empresa Setal Óleo e Gás, de propriedade de Mendonça Neto, e chegou à Editora Gráfica Atitude, ligada ao PT, de acordo com as investigações.
Nos documentos, entregues na última semana, os procuradores pedem a suspensão do processo em relação ao empresário Mendonça Neto, um dos delatores da Operação Lava Jato. Mendonça já foi condenado em outra ação penal e fez um acordo de delação premiada com o MPF. Na delação, o empresário revelou que dois contratos entre o grupo Setal e a Gráfica Atitude foram assinados em 2010 e 2013, nos quais notas fiscais falsas foram emitidas para justificar os repasses. A suspeita sobre os repasses para a gráfica foi um dos motivos da prisão de Vaccari.
Defesa
O advogado de Vaccari Neto, Luiz Flávio D'Urso disse à Agência Brasil que agora serão apresentadas as alegações da defesa. De acordo com o advogado do ex-tesoureido do PT, as
acusações feitas contra Vaccari não procedem. A reportagem não conseguiu contato com as defesas de Renato Duque e de Augusto Ribeiro de Mendonça Neto.