Municipários criticam Marchezan por falta de diálogo
Simpa define o status atual dos funcionários como em "estado de greve"
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Enquanto durasse a greve o Prefeito alegava não ter como não negociar com os servidores, lembrou o dirigente. Porém, no dia 10 passado o Simpa enviou ofício no qual comunicou oficialmente o encerramento da paralisação e solicitou reunião de negociação. Apesar do ofício, e de tentativas de abertura de diálogo, Marchezan tem se mantido em silêncio, registrou o diretor-geral do Simpa.
Mais uma vez, crítica Terres, "Marchezan Júnior mente para os municipários, mente para a Câmara de Vereadores, e mente para a cidade de Porto Alegre". Na parte salarial, a reivindicação entregue em abril à Prefeitura pede reajuste de 6,85% (maio de 2016 a abril de 2018) e reposição de 8,85%, correspondentes às perdas históricas. Há outras exigências do Simpa, relativas à retirada de projetos contra conquistas da categoria da Câmara de Vereadores.
Estado de greve
Ao todo os municipários formam um contingente de 14 mil servidores ativos. O Simpa define o status atual dos funcionários como em "estado de greve". Terres frisou que a qualquer momento a mobilização geral pode ser retomada. Tudo vai depender da evolução ou não da tentativa de diálogo com o prefeito.
Uma decisão da assembleia é organizar campanhas e denunciar locais de trabalho onde estejam ocorrendo situações de assédio moral contra os servidores grevistas. O assédio, entende o Simpa, agride o direito constitucionalmente garantido de os trabalhadores aderirem a movimentos de protesto, e grevistas, na defesa de seus direitos.
Os servidores ainda decidiram ampliar o contato com a população sobre os problemas de Porto Alegre, com a realização de plenárias regionais. Para esta semana não há nenhuma agenda de nova assembleia da categoria, embora estejam marcados atos de protesto contra candidatos identificados como contrários à causa do serviço público.