Municipários de Porto Alegre decidem manter greve
Paralisação já dura 35 dias
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A medida, porém, não bastou para dar fim ao impasse. Os trabalhadores alegaram falta de diálogo com o Paço Municipal para resolver a greve da categoria. A próxima Assembleia Geral do Simpa, ocorre na próxima terça-feira, 14 de novembro. O Simpa reivindica a retirada de quatro projetos de lei em tramitação na Câmara para encerrar a paralisação – o que busca permitir o parcelamento de salários e modifica as datas de pagamento da folha e do 13º salário, o que prevê mudanças no Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), o que objetiva extinguir a licença-prêmio e o que limita avanços e gratificações ao longo da carreira (retirado hoje).
Durante a assembleia, um dos municipários chegou a propor que a greve fosse encerrada, caso o prefeito exonerasse 90% dos CCs, mas a proposta não teve muitos votos. “O prefeito não respeita o movimento grevista, devia ter convocado a diretoria do sindicato para sentar em uma mesa de negociação. Ele (o prefeito) precisa dialogar com o funcionalismo, a nossa disposição permanece a mesma. Se ele vai retirar os projetos de lei nós não sabemos, ele fala muita coisa que não se comprova”, afirmou o diretor-geral do Simpa, Jonas Reis. Segundo ele, o prefeito está sofrendo uma pressão “muito grande” entre os vereadores.
“Entedemos que o movimento grevista está em ascensão, cada dia mais pessoas ingressam na greve porque o descontentamento é geral”, ressaltou Reis. Conforme ele, é muito possível que a categoria permaneça em greve até que os outros três projetos sejam retirados ou rejeitados na Câmara de Vereadores. Além disso, Reis ressaltou que um dos pontos principais da greve também é a questão da possível privatização do Dmae. “Enquanto não falarmos sobre isso, devemos permanecer em greve”, destacou.
A diretoria do Simpa espera que o governo receba os municipários para saber sobre os outros projetos em curso, a suspensão do parcelamento dos salários, a reposição da inflação e também a decisão de compensação dos dias parados, sem punições aos grevistas. Ainda hoje, a partir das 10h, os municipários devem iniciar uma vigília na Câmara, com o objetivo de pressionar os vereadores a rejeitarem os projetos que seguem em tramitação. Na quinta-feira, 16 de novembro, os servidores farão um ato no Paço Municipal.
Greve dos municipários CONTINUA até a próxima assembleia geral do @simpapoa @correio_dopovo pic.twitter.com/lIe3IGVC3N — Jessica Hübler (@jesshubler) 7 de novembro de 2017