Municipários protestam contra projetos do prefeito Nelson Marchezan Júnior
Nova manifestação está marcada para quinta-feira em frente ao Paço Municipal
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”Nós somos contrários a qualquer PL que retira direito dos trabalhadores”, afirma o diretor geral do Simpa, Jonas Tarcísio Reis. De acordo com ele, o Sindicato protesta diretamente contra o projetos de Emenda à Lei Orgânica número 7, que altera a licença prêmio, e número 8, que muda a data de pagamento de salários, aposentadoria e pensão.
Há também o Projeto de Lei Complementar número 11, que, de acordo com Reis, deixa a concessão de regimes a critério das chefias. “O que é um absurdo, porque retira a autonomia técnica dos trabalhadores concursados e estabelece uma estabilidade no jeitinho do serviço público, que é as chefias ordenarem e produzirem assédio moral para que sejam assinados os documentos que não necessariamente servem ao interesse público”, diz o diretor-geral do Simpa.
O projeto em questão propõe a alteração da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985, que estabelece o regime de trabalho, acréscimos e gratificações no que se refere a composição, concessão e incorporação de parcelas que compõem a remuneração praticada. O projeto dá ao Executivo a possibilidade de cessar a convocação do servidor. Também está prevista a alteração dos triênios, que possibilitam que seja incorporado 5¢ do salário-base aos vencimentos recebidos a cada três anos.
Já através do projeto de Emenda à Lei Orgânica número 7/2017 pretende-se, principalmente, extinguir a licença-prêmio por assiduidade. O número 8, por sua vez, permitiria que a data de pagamento dos servidores seja feita até o quinto dia útil do mês subsequente, o que também ocorreria com o 13º salário, cujo pagamento passaria a ser previsto para janeiro.
Conforme o diretor-geral do Simpa, os servidores querem preservar a prestação de serviços com base no interesse público. “Esses PLs na verdade querem não só retirar direitos dos trabalhadores, mas fragilizar o serviço público e fortalecer os cargos de confiança”, disse. Ainda segundo ele, os projetos consistem uma forma diferente de privatização do serviço público, na qual se deixa o servidor impotente.