"Não há nada que arranhe minha biografia", diz Rigotto sobre delação

"Não há nada que arranhe minha biografia", diz Rigotto sobre delação

Nome de ex-governador do Rio Grande do Sul foi citado por executivos da Odebrecht

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Nome de ex-governador do Rio Grande do Sul foi citado por executivos da Odebrecht

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A divulgação da abertura de inquéritos relacionados às delações premiadas da Odebrecht teve um ministro e quatro parlamentares gaúchos, além de dois ex-governadores e dois ex-presidentes da Trensurb, citados na lista de 108 investigados. Em entrevista à Rádio Guaíba, Germano Rigotto garantiu que está absolutamente tranquilo e prometeu verificar em que condições foi feita a delação. "Não tenho a mínima ideia da citação que foi feita. Não tenho nada e estou absolutamente tranquilo e não há nada que arranhe a minha biografia. Não tem absolutamente nada de irregularidade dentro do governo e fora dele", afirmou Rigotto. 

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Na delação, há indícios de um suposto favorecimento à empresa Braskem na época do governo de Rigotto. "Eu cuidava dos detalhes do governo e dizem que a companhia foi favorecida. Se foi assim, foi dentro da lei. Não houve favorecimento ou irregularidade. Nem tenho advogado, mas vou procurar um para esclarecer qualquer problema que tenha que ser esclarecido", finalizou. 

A ex-governadora Yeda Crusius lamentou que tenha sido citada na lista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin. "De propina eu não entendo, agora eu entendo de incentivos para chamar investimentos para o Rio Grande do Sul. Nós fizemos uma política dessa forma, que teve grande sucesso. Existia uma polícia de chamada de investimentos com a Braskem e foi isso que aconteceu", resumiu. 

Yeda, que já teve o nome envolvido na Operação Rodin, referente a fraudes no Detran, lembrou que o mesmo expediente que foi usado no passado aparece agora. "Jogaram no ventilador uma série de nomes. Eu tive dois processos contra mim, um de improbidade e outro criminal. O segundo foi fruto de uma delação, que sete anos depois, após ter meu nome em capa de jornal todos os dias, o Ministério Público Federal (MPF) fez um pedido para a retirada dele (nome) do processo. Eu só espero que tudo isso não demore tanto", acrescentou. 

Gaúchos na lista de Fachin 

1. Beto Albuquerque (PSB)
2. Eliseu Padilha (PMDB)
3. Estilac Xavier (Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado)
4. Frederico Antunes (PP)
5. Germano Rigotto (Ex-governador do Rio Grande do Sul)
6. Humberto Kasper (Ex-presidente da Trensurb)
7. Jairo Jorge (PDT)
8. Marco Arildo Prates da Cunha (Ex-presidente da Trensurb)
9. Marco Maia (PT)
10. Maria do Rosário (PT)
11. Manuela d’Ávila (PCdoB)
12. Onyx Lorenzoni (DEM)
13. Paulo Ferreira ( PT)
14. Ronnie Peterson Melo (PP)
15. Yeda Crusius (Ex-governadora do Rio Grande do Sul)

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