"Não houve desvio de um único centavo na Procempa", afirma Fortunati

"Não houve desvio de um único centavo na Procempa", afirma Fortunati

Prefeito classifica ação do MP como “espetacularização da denúncia”

Camila Diesel / Rádio Guaíba

Prefeito classifica ação do MP como “espetacularização da denúncia”

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O prefeito de Porto Alegre José Fortunati classificou como “espetacularização da denúncia” a ação civil pública do Ministério Público contra ele, o secretário Municipal de Gestão e Estratégia de Porto Alegre, Urbano Schmitt (que também preside o Conselho de Administração da Procempa; e o ex-diretor-presidente da companhia, André Kulczynski. No processo, o MP acusou o prefeito de improbidade administrativa, por uso indevido da empresa pública. Fortunati alegou que “tomou todas as providências para colocar a Procempa nos eixos”. “Nós simplesmente buscamos ações com a Procempa para o bem da cidade. Não houve desvio de um único centavo de dinheiro público”, garantiu.

Conforme o MP, sem a existência de um contrato especificando os serviços prestados, a Procempa fazia eventos, veiculação de publicidade e contratação de pessoas, além de fornecer bens para a prefeitura fora da competência e da finalidade da empresa, criada para assessorar o Município em processamento de dados. “Nesses eventos, a Procempa nada mais era do que uma patrocinadora, uma participante. Ela é parte da gestão da prefeitura e nós fazíamos isso com toda a tranquilidade”, declarou Fortunati, que também lembrou que Porto Alegre foi a única capital do país avaliada pelo Ministério Público Federal, em 2015, com nota 10 em transparência.

Os promotores do Patrimônio Público da Capital Nilson de Oliveira Rodrigues Filho e Tiago Moreira da Silva pedem que os três tenham os bens bloqueados em caráter liminar. O MP pede a condenação do trio ao ressarcimento integral do dano causado ao erário, estimado em mais de R$ 5,1 milhões. Conforme a Promotoria, desde o ano de 2005, o Tribunal de Contas do Estado e a Controladoria-Geral do Município vinham apontado ingerência indevida da administração central do Executivo municipal na Companhia.

Os promotores de Justiça esclarecem que os inquéritos foram instaurados não com o objetivo de apurar irregularidades na administração da Procempa, que vem sendo investigadas em outros expedientes em trâmite na Promotoria (inclusive com denúncias e ações civis públicas já ajuizadas); mas para apurar o uso indevido dela feito pelo Poder Executivo.

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