Não se faz reforma política consistente sem alteração da Constituição, afirma Barbosa

Não se faz reforma política consistente sem alteração da Constituição, afirma Barbosa

Presidente do STF disse que não tem vontade de ser candidato a presidente

AE

Presidente do STF disse que não tem vontade de ser candidato a presidente

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"Não se faz reforma política consistente no País sem alteração da Constituição", afirmou nesta terça-feira o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, que se disse favorável ao voto distrital. Ele esteve reunido com a presidente Dilma Rousseff e disse que "o País vive uma crise de representação política".

Barbosa defendeu a diminuição do peso dos partidos na vida política do País e destacou ainda que a reforma política deveria criar um "recall". Barbosa, que disse ser favorável a candidaturas avulsas, considera que suplente de senador é "excrescência injustificável". "A sociedade brasileira está ansiosa para se ver livre desses grilhões partidários que pesam sobre seus ombros", disse o ministro, para quem o sistema deve mudar para viabilizar "pitadas de vontade popular".

O presidente do STF avaliou ser "excelente" para sua vida pessoal e para sua história a pesquisa Datafolha, realizada na semana passada, na qual ele aparece como o preferido dos manifestantes de São Paulo para a sucessão presidencial. No entanto, advertiu: "Não tenho a menor vontade de me lançar candidato a presidente." Ele lembrou ainda que já tem quase 41 anos de vida pública. "Está chegando a hora. Chega". Barbosa defendeu, nesta terça-feira, "diminuir ou mitigar" o peso dos partidos na vida política do País.

Ele também se mostrou favorável à diminuição do peso político na promoção de juízes. Segundo ele, na conversa que teve com a presidente Dilma, defendeu a proibição de advogados atuarem em tribunais em que tenham parentes. "Estamos passando por momento de crise grave. O que a sociedade quer são respostas práticas rápidas", disse. "O Brasil está cansado de reformas de cúpula", acrescentou. Barbosa defendeu ainda a participação do povo na discussão das reformas. "O que se quer é o povo participando das discussões", afirmou.


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