“Não se tira dinheiro de onde não se tem”, repete Sartori
Entidades da segurança prometem entrar na Justiça pedindo o afastamento do governador devido ao parcelamento
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“Eu acho que hoje nós poderíamos estar pagando aqueles que ganham menos. Infelizmente, pelas ações judiciais, nos abrigam a pagar todos igualmente, na mesma hora, na mesma direção. Eu acho que cada um tem a liberdade de fazer o que acha melhor, mas ninguém tira dinheiro de onde não se tem”, disse.
O governador ainda responsabilizou a economia nacional pela queda na arrecadação de impostos, inclusive do ICMS – que foi aumentado no início de 2016.
“Infelizmente a realidade econômica nacional, o desaquecimento econômico industrial, também nos retirou no ano que passou muito das nossas receitas. E mesmo que nós tenhamos modificado a planta do ICMS, ela ainda assim criou mais dificuldades porque nós vemos uma retração muito grande na receita”, disse.
Em se tratando da política nacional, Sartori disse que foi contrário à aliança do PMDB com o PT desde o início, há 13 anos. “Já tinha dado declaração em 2003 como deputado federal que o PMDB não deveria fazer parte do governo porque era uma forma de cooptação e que isso não seria bom para o PMDB, não seria bom para o governo da época, não seria bom para os partidos como um todo. Quanto à situação nacional, eu espero que a gente possa vencer isso. Espero que sem violência e sem aventura”, disse o governador, que se negou a comentar a qualidade dos três peemedebistas (Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros) que estão na linha sucessória de Dilma Rousseff (PT), caso ela sofra o impeachment.
As respostas do governador foram dadas no início da tarde, após autorizar o início da obra de dragagem no entorno do clube Grêmio Náutico União. O trabalho de drenagem visa melhorar a raia olímpica onde a seleção brasileira de remo vai treinar para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Mais cedo, o governador participou da entrega das obras de dragagem da foz do Rio Caí, realizada através de parceria público-privada.