Na Fronteira, eleitores votam em dois países

Na Fronteira, eleitores votam em dois países

Moradores de Livramento com dupla cidadania votaram no Brasil e no Uruguai

Jango Medeiros

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Eleitores que moram na Fronteira do Brasil com o Uruguai e possuem dupla cidadania porque são filhos de pais ou mães brasileiras ou uruguaias, atravessaram duas vezes a linha de divisa para exercer a dupla obrigação do voto.

Mais conhecidos como “doble-chapas”, os moradores de Livramento e Rivera – cidades separadas apenas por ruas e avenidas – optaram votar em maior número pela parte da manhã, mas outros encararam o calor de quase 30º C para comparecer às urnas e dar uma demonstração de civismo.

“Foi uma festa binacional da democracia”, disse o ex-intendente de Rivera, Tabaré Duarte, observando que pela primeira vez na história houve coincidência na data das eleições nos dois países, o que motivou os votantes, especialmente, os de dupla cidadania a exercer o direito histórico de votar em duas nações num mesmo dia.

Embora com a proibição do transporte de eleitores no Brasil, no Uruguai a prática é legal e o transporte público é gratuito. Em Rivera, os três partidos: Blanco, Colorado e Frente Amplia mobilizaram mais de 1200 veículos para fazer o transporte de eleitores desde suas casas até às circunscrições eleitorais de Rivera.

Embora de forma discreta, um expressivo número de veículos uruguaios portando bandeiras dos partidos, incluindo, muitos táxis, ingressou em Livramento em busca dos votantes uruguaios. A movimentação de automóveis com placas uruguaias em Livramento acentuou-se após o encerramento do pleito no lado brasileiro. No Uruguai, as seções eleitorais funcionaram até às 19h.

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