Na Rússia, Bolsonaro anuncia crédito para Petrópolis (RJ)

Na Rússia, Bolsonaro anuncia crédito para Petrópolis (RJ)

Cidade foi afetada pelas fortes chuvas e já registra ao menos 67 mortes. Chefe do Executivo federal não mencionou valores

R7

O presidente Jair Bolsonaro em agenda em Moscou, na Rússia

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Em viagem à Rússia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou, nesta quarta-feira, crédito extraordinário para a cidade de Petrópolis (RJ), afetada por fortes chuvas, que já provocaram a morte de pelo menos 67 pessoas. Bolsonaro, que lamentou os óbitos, não informou qual o valor do crédito e destacou que o governo deve liberar também saques do FGTS para os moradores da região serrana.

"Eu conversei com o governador Cláudio Castro e, obviamente, com o ministro da Economia, e é um crédito especial para atender aos vitimados da catástrofe e para reconstrução de alguma coisa", disse.

"O crédito suficiente para atender àquela necessidade", respondeu quando questionado qual seria o valor. "O crédito especial não pode ser pedido além do previsto para recuperação. Os demais créditos, de prevenção, são previstos no Orçamento."

Ainda segundo o mandatário, o governo deve liberar saques do FGTS. "Como é praxe nessas questões, lamentamos as mortes, mas por exemplo a liberação do Fundo de Garantia e a construção de obras emergenciais para restabelecer a transitabilidade na região", acrescentou.

As declarações foram dadas por Bolsonaro à imprensa em Moscou, na Rússia. O chefe do Executivo federal contou, ainda, que mudou a rota da volta ao Brasil. O presidente, que estará em Budapeste, na Hungria, nesta quinta-feira (17), pousará no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e não em Brasília, na sexta-feira (18). De lá, segue para a área de Petrópolis.

Rússia x Ucrânia

Mais cedo, Bolsonaro encontrou-se com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. A visita de três dias ocorre em meio às tensões diplomáticas entre o país e as principais potências do Ocidente devido a movimentações militares na fronteira com a Ucrânia. O mandatário afirmou que a missão da comitiva brasileira é "comercial e de paz" e que é da natureza do Brasil ser um país pacifista.

O presidente da República reconheceu o cenário complexo entre Rússia e Ucrânia. "Outros países têm seus problemas regionais. Aqui existe um problema e nós somos solidários com todo e qualquer país, desde que a busca da solução desses impasses seja pacífica."

Bolsonaro confirmou que recebeu informações de outros países que avaliaram que seria ter reagendado o encontro devido às tensões e suposta invasão das tropas russas à Ucrânia.

"Sim, tivemos informações de alguns países que gostariam que o evento não se realizasse, alguns achavam que o pior poderia acontecer com a nossa presença aqui. Eu entendo a leitura que eu tenho do presidente Putin, de que é uma pessoa também que busca a paz e qualquer conflito não interessa para ninguém no mundo", avaliou.

"Mantivemos nossa agenda e, por coincidência ou não, parte das tropas deixaram as fronteiras e pelo que tudo indica, grande sinalização que o caminho para a solução pacífica se apresenta no momento para Rússia e Ucrânia", complementou.


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