Nenhum civil ou militar está acima da lei, diz comandante do Exército sobre atos de vandalismo

Nenhum civil ou militar está acima da lei, diz comandante do Exército sobre atos de vandalismo

Ele foi questionado sobre punições a militares que teriam participação na invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília

R7

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O comandante do Exército, Tomás Ribeiro Paiva, afirmou nesta sexta-feira que nenhum civil ou militar está acima da lei ao ser questionado sobre a punição a militares que tenham participação nos atos de vandalismo de 8 de janeiro em Brasília, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. 

Ribeiro Paiva fez a declaração na saída de uma reunião com o vice-presidente e ministro da Indústria e do Comércio, Geraldo Alckmin. O comandante afirmou que o assunto será tratado com tranquilidade e disse que também conversou com Alckmin sobre a indústria de defesa. As falas foram curtas e Ribeiro Paiva não entrou em detalhes. 

Ele foi escolhido para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no sábado depois da demissão do então comandante, general Júlio César de Arruda. A exoneração ocorreu, sobretudo, por causa da indisposição do governo com o Exército em razão da invasão das sedes dos Três Poderes e pela recusa de Arruda em barrar a promoção de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ao assumir o cargo, Ribeiro Paiva costurou um acordo para adiar a promoção de Cid. Nesta sexta-feira, ele disse que não estão previstas novas mudanças e que eventuais alterações serão discutidas nas próximas reuniões administrativas.  

Primeira manifestação

Ribeiro Paiva foi autor da primeira manifestação pública de um comandante militar desde os ataques na capital federal. Em um discurso voltado para a tropa do Sudeste, ele afirmou que o resultado das urnas deve ser respeitado.

"Vamos continuar garantindo a nossa democracia, porque a democracia pressupõe liberdade e garantias individuais e públicas. E é o regime do povo, de alternância de poder. É o voto. E, quando a gente vota, tem de respeitar o resultado da urna", disse.


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