Nomeado presidente dos Correios, Floriano Peixoto evita falar em privatização

Nomeado presidente dos Correios, Floriano Peixoto evita falar em privatização

General afirmou que missão é resgatar a credibilidade e fortalecer o desenvolvimento financeiro da instituição

Correio do Povo e AE

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, ele trocará de cargo

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Após anúncio do presidente Jair Bolsonaro de que o general Floriano Peixoto deixa o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência para assumir os Correios a partir de segunda-feira, o militar afirmou que trabalhará para fortalecer os indicadores financeiros da estatal e evitou falar em privatização. "Eu prefiro não adiantar nada neste particular. Minha missão é resgatar a credibilidade, é fortalecer o desenvolvimento financeiro da instituição. E essa questão relativa a privatização ficará para decisão do presidente", afirmou em pronunciamento a jornalistas.

Ele esclareceu que a sua saída da Secretaria-Geral da Presidência não ocorreu devido a desentendimentos, mas por comum acordo com Bolsonaro. "Presidir os Correios me enche de satisfação, pelo grau de confiança do presidente. Sou soldado e vou cumprir a missão; vou continuar com a inquestionável lealdade ao presidente Bolsonaro", declarou.

O general confirmou ainda que as conversas para assumir a estatal começaram ainda na semana passada e evitou comentar os motivos que levaram à demissão do ex-presidente dos Correios, o também general Juarez de Paula. Na ocasião, Bolsonaro justificou a demissão pelo comportamento "sindicalista" de Cunha. "A saída do general Juarez é questão entre ele e o presidente da República", limitou-se a responder.

Nesta sexta, o governo editou uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) com a exoneração de Floriano Peixoto do cargo de ministro da Secretaria-Geral, que passará a ser ocupado pelo major da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Antonio de Oliveira Francisco. Jorge Oliveira vai acumular o novo cargo com a função de subchefe de Assuntos Jurídicos, que já exercia desde o início do governo de Bolsonaro.

Privatização

Defensor da privatização dos Correios, o presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta sexta-feira que a venda da estatal não depende apenas da vontade do Planalto, pois precisa da aprovação do Congresso Nacional. "(A privatização dos Correios) Não depende da gente, depende do Congresso. Está no radar, mas o trabalho de Peixoto é recuperar os Correios", afirmou Bolsonaro.

Ele afirmou que, dentre as "missões" do general à frente da estatal, estaria inclusive tentar reverter o rombo do fundo de pensão dos funcionários da empresa. "Tentaremos suprir o que foi retirado dos funcionários dos Correios nas péssimas administrações passadas", completou o presidente.


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