Nomes conhecidos no secretariado de Sartori

A escolha da equipe que comandará o Estado a partir de 1º de janeiro do ano que vem só vai começar a ser discutida depois do dia 15 de novembro. A garantia foi dada ontem pelo próprio novo governador eleito, José Ivo Sartori. Pelo menos oficialmente. No entanto, mesmo sendo proibida pelo candidato qualquer menção sobre secretariado até a tarde desse domingo, nos bastidores do PMDB e entre algumas lideranças dos 19 partidos coligados, o assunto já não é segredo. Ninguém, entretanto, quer falar abertamente sobre o assunto.

É certo, por exemplo, que Carlos Burigo, uma das pessoas mais próximas de Sartori, estará no novo governo. Há possibilidade de ele ocupar a Secretaria da Fazenda ou a uma secretaria que una o Planejamento e a Gestão. Burigo foi homem forte das duas gestões do peemedebista à frente da Prefeitura de Caxias do Sul, quando comandou a Pasta de Gestão e Finanças da cidade e onde, há até pouco, ocupava o mesmo cargo na gestão do atual prefeito da cidade, Alceu Barbosa Velho (PDT).

Outro nome dado como garantido é o de Ibsen Pinheiro, que ficou na suplência para deputado estadual, e que pode ocupar a Secretaria de Comunicação do Piratini. Ibsen deverá ser uma espécie de porta-voz da administração, evitando que o governador eleito seja exposto à linha de frente do governo a todo o momento.

Também devem compor o chamado “núcleo duro” do governo o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB) e o deputado federal Beto Albuquerque (PSB), que concorreu a vice-presidente na chapa de Marina Silva (PSB). Beto poderá ocupar o cargo que quiser no governo. Há, no PMDB e entre os aliados da chapa vencedora, a convicção de que o socialista foi decisivo no papel que desempenhou na eleição. 

José Fogaça, que não se elegeu à Câmara Federal e ficou com a suplência, poderá ocupar a Casa Civil ou outro cargo próximo a Sartori. O nome do deputado federal Osmar Terra (PMDB) também aparece com chances de compor a nominata. Mas está descartada a sua indicação para a Pasta da Saúde, cargo que ocupou no governo Yeda Crusius (PSDB). “Claro que eu vou sugerir caminhos, propostas, nomes. Mas eu ser secretário é uma coisa muito distante”, afirma Terra.