Nos EUA, Bolsonaro diz ter feito 'tudo certo' e lamenta a derrota nas urnas

Nos EUA, Bolsonaro diz ter feito 'tudo certo' e lamenta a derrota nas urnas

O ex-presidente afirmou ter colocado 'mais baixo o combustível' e triplicado o valor do Bolsa Família 'com responsabilidade'

O presidente Jair Bolsonaro

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Fora do Brasil desde 30 de dezembro, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) fez uma aparição em uma rede social ao lado do empresário brasileiro radicado nos EUA Cristiano Piquet. No vídeo, Bolsonaro lamenta a derrota nas urnas e afirma ter feito "tudo certo" durante o governo. 

"Infelizmente aconteceu o que todos sabem. A gente pede a Deus que abençoe nosso Brasil e que seja um país não apenas de esperança, mas que apresente algo concreto para o seu povo, que merece ser feliz", declarou Bolsonaro, que está na Flórida, nos Estados Unidos. 

Ao defender as ações do governo, o ex-presidente alegou ter colocado "mais baixo o combustível", diminuído o desemprego e adotado medidas que possibilitaram o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "Na economia, com a equipe que nós colocamos, [o Brasil] deu show."

Bolsonaro ainda disse ter triplicado o valor do Bolsa Família "com responsabilidade, sem furar teto, sem nada". Apesar da declaração, na gestão do ex-presidente, o Congresso liberou quase R$ 800 bilhões fora do teto de gastos, principalmente durante o estado de calamidade pública causado pela pandemia da Covid-19. Parte da verba serviu para bancar o Auxílio Emergencial de R$ 200. 

Caso tivesse sido reeleito, Bolsonaro teria de recorrer ao Congresso para obter mais verba e manter o Bolsa Família a R$ 600, como também havia prometido durante a campanha eleitoral. Isso porque, no projeto da Lei Orçamentária Anual, o governo havia previsto verba para bancar R$ 405 por beneficiário. 

Na fala, Bolsonaro agradeceu ao setor do agronegócio, aos empresários e trabalhadores informais pela confiança. Questionado por Piquet se ele percebia que, na Flórida, "tinha 99% de apoio", o ex-presidente ressaltou que fala, em média, com 400 pessoas por dia desde que chegou aos Estados Unidos. "Muito bem tratado, muito bem recebido. O povo gosta muito da gente."

 


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