Nova fase da Lava Jato prende seis, incluindo operador ligado ao PMDB
Investigação aponta que a Odebrecht pagou propina equivalente a cerca de R$ 200 milhões para obter contrato com a Petrobras
publicidade
A Déja Vu é a 51ª fase da Operação Lava Jato e cumpriu, além dos mandados de prisão, 15 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio, São Paulo e Espírito Santo. Os mandados foram assinados pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba. De acordo com o Ministério Público Federal, o objeto do contrato era a prestação de serviços de reabilitação, construção e montagem, diagnóstico e remediação ambiental, elaboração de estudo, diagnóstico e levantamentos nas áreas de segurança, meio ambiente e saúde (SMS) para a estatal, em nove países, além do Brasil.
As provas para a deflagração da operação foram obtidas através dos acordos de colaboração premiada e de leniência firmados com o grupo Odebrecht e seus executivos, além de pedidos de cooperação jurídica internacional mantidos com a Suíça e investigações internas da Petrobras. Os pagamentos foram realizados mediante a utilização de estratégias de ocultação e dissimulação, contando com a atuação do chamado Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, de operadores financeiros e doleiros, especialistas na lavagem de dinheiro.
Além do pagamento em espécie, foram utilizadas diversas contas mantidas no exterior e que estavam em nome de empresas offshores com sede em paraísos fiscais. De acordo com o MPF, os ex-funcionários da Petrobras investigados foram, recentemente, condenados pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro pela prática de crime licitatório, justamente por direcionar, em favor da Odebrecht, o certame relativo ao referido contrato.