Nova versão do "Minha Casa, Minha Vida" deve ser lançada em janeiro de 2020

Nova versão do "Minha Casa, Minha Vida" deve ser lançada em janeiro de 2020

Entrave está nas taxas praticadas pelos bancos, que estão acima da meta desejada, disse o ministro do Desenvolvimento Regional

Agência Brasil

De acordo com o ministro, a medida provisória que cria o benefício já foi redigida

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O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, anunciou durante uma coletiva de balanço anual, que o lançamento do programa habitacional que vai substituir o "Minha Casa, Minha Vida" – ainda sem nome oficial  – , será adiado por causa dos custos operacionais, que estão sendo discutidos com operadores financeiros. Os detalhes deverão ser revelados ainda em janeiro de 2020, pelo presidente Jair Bolsonaro – o programa havia sido anunciado no início do mês e, de acordo com o ministro, a medida provisória que cria o benefício já foi redigida.

O entrave está nas taxas praticadas pelos bancos, que estão acima da meta desejada, disse o ministro. "Os custos precisam ser módicos o suficiente para fazer sentido. Qualquer custo que supere 10%, o governo já torce o nariz. Esse custo é muito alto para uma transação. E temos uma meta, que não seja utilizado mais de 10% do valor do voucher [em taxas]", disse.

Outro impasse para o lançamento do novo programa é a ausência na previsão orçamentária para 2020. Mas Gustavo Canuto se disse otimista em relação aos fundos para o programa. "Temos uma expectativa otimista de que deve haver uma brecha orçamentária. O Congresso Nacional fez um esforço para realocar verbas. Talvez isso abra espaço (para o novo programa)", argumentou.

A quantidade de casas financiadas pelo novo programa vai variar de acordo com o orçamento que será disponibilizado. A média dos vouchers será de R$ 60 mil, podendo oscilar de acordo com o mercado de regiões específicas. O voucher também deve ser usado para pagar as taxas operacionais.
De acordo com Canuto, os terrenos onde serão feitas as construções não está incluído no tíquete, e poderá ser adquirido por meio de parcerias com estados e municípios.

"Isso (a parceria entre União e estados) já existe hoje. A maioria dos empreendimentos tem uma parceria do estado, que doa o terreno para fazer a construção. Aqueles estados que quiserem complementar o voucher com mais 10 mil, 20 mil, estarão aptos a resolver a situação do cidadão". O novo programa utilizará a base de dados do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único), porta de acesso para diversos programas sociais de distribuição de renda e de benefícios continuados.

 

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