Novo bloco na Câmara vai indicar André Moura para assumir liderança na Casa

Novo bloco na Câmara vai indicar André Moura para assumir liderança na Casa

Segundo líder do PHS, deputado tem apoio de mais de 300 parlamentares

Agência Brasil e AE

Centrão vai indicar André Moura para assumir liderança da Câmara dos Deputados

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Líderes de partidos nanicos e do chamado "centrão" decidiram nesta terça-feira criar um novo bloco parlamentar na Câmara dos Deputados. O bloco, que será o maior da Casa, é formado por 225 deputados do PP, PR, PSD, PRB, PSC, PTB, Solidariedade, PHS, PROS, PSL, PTN e PEN.

Os líderes do novo bloco vão pressionar o presidente em exercício, Michel Temer, para que escolha o novo líder do governo entre algum parlamentar do grupo. O nome indicado pelo bloco é o de André Moura (PSC-SE).

“Vamos defender este nome, mas o grupo entende que a prerrogativa é do presidente interino Michel Temer”, afirmou o líder do PHS, Givaldo Carimbão (AL) ao deixar a reunião. O apoio não inclui parlamentares do PSDB, DEM e PPS, que defendem a indicação de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a função.

André Moura foi um dos últimos a chegar ao encontro e não comentou sobre a possível indicação de seu nome. Pessoas próximas a ele chegaram a relatar um grau de constrangimento do parlamentar, que afirmou não ter sido procurado pelo governo. O fato de ser aliado declarado do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ainda mantém algumas resistências à sua indicação. Caso assuma a liderança, o comando da bancada da maioria na Câmara pode ficar com o DEM.

Waldir Maranhão

O grupo também discutiu a situação do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), e fechou consenso de que, regimentalmente, não é possível tirá-lo do cargo. “Não encontramos formas legais. Não tem como tirá-lo, a não ser por um processo de cassação no Conselho de Ética”, afirmou Carimbão.

Para o líder do PHS, “só o tempo dirá” se Maranhão terá condições de conduzir os trabalhos no comando da Casa. Líder do partido de Maranhão, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) classificou a reunião do Colégio de Líderes como um “teste” e reiterou a posição do grupo. “Toda a Casa é lapidada por nosso regimento”, disse.

Ribeiro acrescentou que o PP convocará uma reunião da Executiva Nacional do partido até o fim do mês para decidir sobre uma possível expulsão da legenda. Nesse caso, o que está em jogo não é a decisão anunciada por Maranhão, de anular sessões da Casa quando foi aprovado o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e depois revogar o ato.

Segundo Ribeiro, o partido decidirá sobre seu futuro considerando que o deputado não respeitou o fechamento de questão na legenda e votou a favor da petista no plenário.

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