Novo ministro da Cultura, Calero fala que gestão será marcada pelo diálogo

Novo ministro da Cultura, Calero fala que gestão será marcada pelo diálogo

Presidente em exercício Michel Temer havia extinguido o ministério, mas voltou atrás no último sábado

Agência Brasil

Ministro destacou que quer marcar sua gestão por um "amplo, franco e produtivo" diálogo

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O presidente interino Michel Temer deu posse na tarde desta terça-feira ao novo ministro da Cultura, Marcelo Calero, no Palácio do Planalto. Em seu discurso, Calero disse que o partido da cultura é a cultura. "Estaremos sujeitos sempre a aquilo que a sociedade demanda, nunca a serviço de um projeto de poder. O financiamento público é uma ferramenta imprescindível para que a cultura cumpra sua tarefa elementar de sustentação da nacionalidade", afirmou Calero.

O ministro destacou que quer marcar sua gestão por um "amplo, franco e produtivo" diálogo com os mais diversos segmentos da cultura. "Um diálogo que não seja um fim em si mesmo, mas que resulte em melhorias efetivas. Serei o ministro do diálogo, da ampliação da participação social, da busca de soluções que sejam fruto do debate e do entendimento", acrescentou.

No fim de semana, Temer decidiu recriar o ministério após protestos contra a incorporação da pasta ao Ministério da Educação. Críticas de artistas levaram à decisão, tomada após uma conversa de Temer com o ministro da Educação, Mendonça Filho. O presidente manifestou a vontade de recriar a pasta, extinta recentemente, e pediu a opinião do ministro, que concordou com a medida. Calero havia sido indicado para ser o secretário nacional de Cultura.

Logo no início de seu discurso, Temer pediu aos presentes que aplaudissem o ex-presidente José Sarney, "já que foi ele o criador" do Ministério da Cultura. O presidente em exercício citou um trecho do discurso de Calero e disse que concordava com o fato de que "o partido da cultura é a cultura". "Ele disse muito bem: a cultura não é de ninguém, a cultura não é de partido, a cultura é nacional", afirmou.

Temer destacou o perfil de diplomata de Calero e disse que além de boas referências trazidas pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, a quem Calero seria subordinado, a passagem do agora ministro pela secretaria de Cultura do Rio foi boa. "Em sua gestão ele conseguiu reunificar todo o setor cultural e deu-lhe grande desempenho", disse. "O Marcelo (Calero) é diplomata e como todo diplomata é capaz de fazer uma coisa essencial para o Brasil hoje: que é o diálogo." O presidente em exercício refez a promessa de quitar os débitos com o setor até o final em parcelas. "Há um déficit na Cultura de R$ 230 milhões e vamos quitar esse déficit ainda este ano", disse.


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