Novo presidente do IPE diz que não existe salvador da pátria

Novo presidente do IPE diz que não existe salvador da pátria

José Alfredo Pezzi Parode tomou posse nesta quarta e falou que instituto é um patrimônio do servidor público

Cláudio Isaías

Segundo Parode, o instituto não deve nada a ninguém e paga rigorosamente em dia

publicidade

Em meio a crise no repasse de recursos financeiros a hospitais filantrópicos gaúchos, o administrador de empresas e auditor fiscal da Secretaria Estadual da Fazenda, José Alfredo Pezzi Parode, assumiu nesta quarta-feira a presidência do Instituto de Previdência do Estado (IPE). A solenidade no auditório do Centro Administrativo contou com as presenças do governador José Ivo Sartori, e da secretária Extraordinária de Políticas Sociais, Maria Helena Sartori.

Conforme Parode, o IPE é um patrimônio do servidor público e a proposta da sua administração é conversar com todos os segmentos, em especial o da área da saúde, para fortalecer ainda mais a instituição. “Não existe salvador da pátria. Vamos dialogar com todos os setores em busca de soluções para o IPE”, explicou. Segundo Parode, o instituto não deve nada a ninguém e paga rigorosamente em dia. “O que existe, às vezes, é uma eventual dificuldade na operacionalidade dos compromissos”, ressaltou.

No entanto, o presidente da Federação das Santa Casas e Hospitais Filantrópicos, Júlio Dornelles de Matos, informou que o IPE congelou desde 2010 os preços dos medicamentos de uso restrito e com isso os hospitais deixaram de receber cerca de R$ 27 milhões. Outra reivindicação do setor diz respeito aos recursos financeiros que os hospitais recebem do instituto pelas diárias hospitalares. “O que é pago hoje pelo IPE não cobre os custos hospitalares com os pacientes”. Segundo Matos, o valor das diárias também está congelado há quatro anos pelos instituto.

O presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Fessergs), Sérgio Arnoud, disse que o IPE precisa melhorar o atendimento à saúde. “A medicina está mais complexa e mas cara em termos de tecnologia e o IPE se adaptar aos novos tempos. O Instituto vive no passado com tabelas defasadas”, explicou.

Arnoud defendeu ainda que o IPE permaneça exclusivamente para os servidores públicos. “Entendemos que a abertura do IPE para outras categorias viria a descaracterizar o órgão como plano público, transformando-o em plano privado, o que só o enfraqueceria”, acrescentou.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895