“O 7 de Setembro não é da direita e nem da esquerda, pertence ao Brasil", afirma Mourão, no RS

“O 7 de Setembro não é da direita e nem da esquerda, pertence ao Brasil", afirma Mourão, no RS

Senador gaúcho disse ser uma ‘bobagem muito grande’ o boicote por parte do campo da direita em relação às celebrações da data

Flavia Bemfica

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O senador Hamilton Mourão (Republicanos) classificou como “uma bobagem muito grande” o boicote que parte de setores políticos do campo da direita está sugerindo em relação às comemorações do Dia da Independência, neste 7 de setembro. “O 7 de Setembro não é da direita e nem da esquerda. Pertence ao Brasil, faz parte da nossa história, é uma data de comemoração”, afirmou ele, nesta quarta, em Porto Alegre, durante coletiva de imprensa que antecedeu sua participação, como palestrante, na reunião-almoço ‘Tá na Mesa’, na Federasul.

No RS os desfiles do Dia da Independência foram cancelados pelo governador Eduardo Leite (PSDB) devido às chuvas dos últimos dias e às tragédias que já causaram.

Mourão também relativizou o ingresso do Republicanos no governo Lula. Para ele, a ida do deputado Silvio Costa Filho (PE) para o ministério, conforme as negociações em andamento, tem sido considerada como uma questão pessoal, já que Lula é muito próximo do pai do parlamentar. “Estou no dispositivo expectativa. Se for algo pessoal, eu permaneço no partido. Se for uma entrada de cabeça no governo ou na base do presidente Lula, aí não posso permanecer, porque sou oposição e não vou mudar. Entrar de cabeça é o partido passar a orientar os votos favoravelmente a propostas do governo”, explicou.

Questionado sobre se a sigla pode entregar uma parte de seus votos no Congresso, o que embasaria a manutenção de um discurso de independência, o senador disse que isso já vem acontecendo. “Eu coloco isso, inclusive. Não sou um camarada de radicalismo. Dentro da própria forma como eu faço oposição. Se o governo do presidente Lula colocar as reformas que eu considero importantes para serem votadas, ou outras medidas que favoreçam o Brasil, e em particular o RS, terá meu apoio. Agora, se eu observar que o partido realmente fez outro movimento, ou quer mais cargo, terei que buscar outro caminho.” A manifestação está alinhada às notícias veiculadas nesta quarta, sobre a possibilidade de que Costa Filho se licencie do Republicanos para assumir o ministério. A iniciativa integraria a estratégia do partido de se declarar como independente, mas colaborativo, auxiliando o governo federal em determinadas pautas.

Ainda durante o evento, o senador adiantou sua posição sobre a hipótese de o Republicanos passar a integrar a base de Leite na administração estadual. “O governador tem feito convites ao Republicanos e eu o considero excelente. Se efetivamente nosso partido for convidado, apesar de haver uma certa discussão na base dos nossos deputados aqui, eu acho que seria bom”, afirmou, citando os nomes do deputado federal Carlos Gomes e do ex-ministro Ronaldo Nogueira para ocupar postos.

Sobre as eleições municipais de 2024 e a disputa pela sucessão do prefeito Sebastião Melo (MDB) na Capital, o senador defendeu que a legenda não apresente candidato próprio, e apoie a tentativa de reeleição de Melo desde o início. “Estamos discutindo nossa estratégia para as maiores cidades em 2024. Em Porto Alegre, minha visão é de que o partido deveria apoiar de cara a reeleição do Melo”, resumiu.


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