O GSI não vai acabar, e o culpado tem que pagar, diz ministro da Defesa

O GSI não vai acabar, e o culpado tem que pagar, diz ministro da Defesa

Segundo José Múcio, que acompanha Lula em Portugal, o órgão é necessário para a segurança da Presidência da República

R7

Segundo José Múcio, que acompanha Lula em Portugal, o órgão é necessário para a segurança da Presidência da República

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Após a crise instalada no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, afirmou nesta sexta-feira (21) que não há a possibilidade de o órgão ser extinto. Segundo ele, o GSI pode até mudar de nome, mas o órgão é “necessário” para a segurança da Presidência da República.

Múcio está na comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Portugal, que cumpre agenda oficial no país neste sábado (22). Depois, o chefe do Executivo brasileiro vai à Espanha.

O GSI está sob pressão desde o 8 de janeiro, quando extremistas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Gravações de câmeras do Planalto revelaram que o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias estava no prédio naquele dia.

As imagens mostram Dias caminhando pelo terceiro andar do prédio, onde fica o gabinete do presidente Lula. O ex-ministro aparece interagindo com algumas pessoas que depredaram o prédio e em nenhum momento parece tentar impedir a ação dos invasores.

 

 

Dias pediu demissão do cargo na quarta-feira (19). Nesta sexta, ele prestou depoimento à Polícia Federal e disse não ter qualquer envolvimento com os atos de 8 de janeiro.

"O comparecimento à sede da Polícia Federal é, para mim, uma grande oportunidade de esclarecer os fatos que têm sido explorados na imprensa. Confio na investigação e na Justiça,  que apontarão que eu não tenho qualquer responsabilidade seja omissiva ou comissiva nos fatos do dia 8 de janeiro", afirmou Dias.

Lula em Portugal

Lula vai se encontrar neste sábado (22) com o presidente e o primeiro-ministro de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza e António Costa, respectivamente. É o primeiro dia de agendas oficiais do petista em terras portuguesas.

Segundo a agenda, Lula vai se encontrar de forma restrita com Rebelo, às 11h30, no Palácio de Belém. Depois, o encontro se dará de forma ampliada, com a presença de outros membros de ambos os governos e seguida de declaração à imprensa, às 12h15.

Ainda nesta sexta-feira, a primeira-dama provocou alvoroço no arredores do hotel onde a comitiva está hospedada ao ir comprar uma gravata para o presidente, que teria custado 170 euros (o equivalente a R$ 940).

Há a expectativa de a comunidade ucraniana em Portugal entregar à embaixada uma carta dirigida ao presidente brasileiro Lula para mostrar a “ideia errada de Lula sobre o conflito”. Recentemente, Lula disse que a Ucrânia também tem responsabilidade sobre a guerra.


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