Onyx afirma que "Bolsonaro se equivocou" ao cogitar aumento de IOF
Chefe da Casa Civil creditou situação com o presidente a "vazamento indevido" da informação
publicidade
No começo da tarde, o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, esteve no Planalto para discutir as medidas com o presidente. Na saída do palácio, ele negou informação publicada pela imprensa e confirmada num evento pela manhã pelo próprio Bolsonaro de que o governo aumentaria o IOF para garantir compensações a prorrogação de benefícios concedidos pela Sudene e pela Sudam.
"Houve vazamento indevido. Alguém que vazou algo que não deveria ter vazado", disse Onyx Lorenzoni. O ministro não respondeu, na sequência, se o "vazamento" era um "balão de ensaio" - uma tática para avaliar a repercussão e os efeitos de uma medida antes de sua real adoção.
Onyx disse que havia, sim, um estudo para aumentar o IOF como forma de garantir a prorrogação dos benefícios da Sudene e da Sudam. Mas a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, teria conseguido uma outra solução. No começo da entrevista, o ministro da Casa Civil resistiu a dar explicações sobre qual foi a solução encontrada para garantir a prorrogação dos benefícios da Sudene e da Sudam. Ele também considerou como "armadilha", "bomba" e "maldadezinha" do ex-presidente Michel Temer não ter assinado antes o decreto de prorrogação e deixado o tema para o atual governo. Depois, Onyx, no entanto, disse que, como o prazo de fruição dos benefícios era de 12 a 14 meses, eles "não ocorreriam" neste ano. "Então, para o ano de 2019, a previsão que tem de R$ 740 milhões é suficiente para atender aqueles projetos que foram aprovados ao longo do ano de 2017 e 2018", disse.
Sobre a possível redução do Imposto de Renda, Onyx disse que o governo não pensa na medida, no momento, em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal. "Não podemos neste momento fazer nenhuma ação que possa resultar em redução de arrecadação", ponderou. "A redução do Imposto de Renda é fruto de estudo, mas depende de equilíbrio fiscal. Temos a premissa antes de fazer essas coisas que é ter equilíbrio fiscal", completou."