Operação paralela da PF no Pará mira "extremistas antidemocráticos"

Operação paralela da PF no Pará mira "extremistas antidemocráticos"

Segundo os investigadores, os alvos das buscas são suspeitos de "aderir, coordenar ou financiar" os atos golpistas de Brasília

AE

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Enquanto cumpre mandados da operação Lesa Pátria, relacionada aos atos antidemocráticos que ocasionaram a destruição de parte do patrimônio localizado na Praça dos Três Poderes, a Polícia Federal no Pará deflagrou a Operação Última Patrulha, para cumprir oito mandados de busca e apreensão contra seis "extremistas antidemocráticos" no Estado. As ordens foram expedidas pela 3ª Vara Criminal da Justiça Federal do Pará.

Segundo os investigadores, os alvos das buscas são suspeitos de "aderir, coordenar ou financiar" os atos golpistas que deixaram um rastro de destruição em Brasília. Os alvos são investigados por prestar "auxílio material para tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais".

O inquérito que culminou na Operação Última Patrulha teve início com a análise de postagens em redes sociais. De acordo com a PF, os posts tinham dois objetivos principais: organizar caravanas de todas as regiões do País para Brasília, "para promover uma greve geral com a 'tomada' dos Três Poderes através da invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, e assim instalar uma intervenção militar"; e fazer novos bloqueios de rodovias, além de ataques a refinarias, portos e aeroportos. A Polícia Federal monitorou grupos de excursões que partiram de Belém rumo à Brasília.

O nome da ofensiva, segundo a PF, faz referência a um dos grupos mais ativos redes sociais - com participantes do Pará - na organização dos ataques em Brasília.

Prisões

Dos detidos em flagrante logo após os atos golpistas em Brasília, ao menos 740 vão ficar presos preventivamente - quando não há data para sair da cadeia. O ministro Alexandre de Moraes analisa, desde terça-feira, 17, as atas das audiências de custódia de investigados por atos golpistas. A expectativa é a de que o ministro analise, ainda nesta sexta, a situação de mais 384 radicais.


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