Operação Skala: Em nota, grupo Libra nega dívida com Codesp e atuação ilegal

Operação Skala: Em nota, grupo Libra nega dívida com Codesp e atuação ilegal

Empresa diz que não deve aproximadamente R$ 2 bilhões à Companhia Docas do Estado de São Paulo

AE

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Envolvido na Operação Skala, que prendeu amigos do presidente Michel Temer, o Grupo Libra divulgou nota neste domingo, informando que já está prestando todos os esclarecimentos à Justiça. A empresa nega que esteja devendo aproximadamente R$ 2 bilhões à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) ou que tenha atuado ilegalmente por uma mudança da legislação que a beneficiasse.

No comunicado, a empresa lembra que uma de suas acionistas já depôs à Polícia Federal. "Mais informações serão dadas após integral acesso aos documentos da investigação, o que, até o momento, não foi disponibilizado aos advogados da empresa", diz a nota.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que três sócios do Grupo Libra investigados na Operação Skala que se encontram no exterior se apresentem à Polícia Federal no momento do desembarque e sejam imediatamente levados para prestar depoimentos a policiais e a representantes do Ministério Público Federal. A decisão se refere a Rodrigo Borges Torrealba, Ana Carolina Borges Torrealba Affonso e Gonçalo Borges Torrealba, membros da família que controla o Grupo Libra, arrendatário de uma área de 100 mil m² no Porto de Santos há mais de 20 anos.

Um dos focos da Operação Skala é apurar suspeitas em torno de doações eleitorais milionárias feitas para Temer pelo Grupo Libra e sócios controladores. A suspeita era que as doações fossem uma contrapartida à renovação de contrato de concessão no Porto de Santos, mesmo diante de dívidas milionárias. A empresa refuta a informação sobre a dívida, alegando que os valores estão sendo questionados em uma disputa judicial. O grupo explica que começou a operar no Porto de Santos em 1995 nos terminais 37 e 35 por meio de licitação.

Por conta de supostas diferenças entre as estruturas oferecidas no edital do terminal 35 e as de fato entregues, a empresa foi à Justiça para discutir a execução do contrato ou a revisão dos valores do arrendamento. No litígio, a empresa apresentou um pleito de indenização por lucros cessantes decorrentes de descumprimentos contratuais da Codesp. Segundo o Grupo Libra, a arbitragem em curso definirá até setembro de 2019 se a empresa é devedora ou credora da Codesp e da União. "Portanto, ainda não há uma decisão, e Libra jamais esteve inadimplente", afirma o grupo.

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