Oposição se recusa a participar de força-tarefa para investigar o Daer
PSDB e DEM defendem que uma CPI deveria apurar as denúncias de irregularidades
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Para Troca, o fato de a bancada do PT não assinar o requerimento de instalação da CPI do Daer demonstra que o governo Tarso não quer que as investigações cheguem no governo do colega de partido Olívio Dutra, ocorrido entre 1999 e 2002. À época, o atual secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, chefiava a pasta dos Transportes.
“Esse processo (de licitação dos pardais, em que o Ministério Público encontrou desvio de R$ 13 milhões entre 2007 e 2009) iniciou naquela época, no governo do PT. Então, talvez seja esse o motivo de o governo não querer a instalação da CPI”, dispara.
Giovani Feltes, líder partidário do PMDB, chama a força-tarefa de uma varredura "chapa-branca". Para o deputado, que confirmou que os peemedebistas não farão parte dos trabalhos, não há grandes expectativas de resultados. “A força-tarefa não deve contar com os deputados da oposição, porque o governo abafou a CPI. Nós não temos grandes expectativas quanto aos resultados dessas investigações do governo”, lamenta.
O democrata Paulo Borges, líder da bancada, completa a lista de descrentes dos propósitos do governo. Ele afirmou não ter recebido convite algum para acompanhar a força-tarefa e disse que se os deputados têm que participar de alguma coisa é de CPI.
Paulo Borges desafia Tarso Genro. “Quem tem medo da CPI, tem medo da verdade. No momento que o PSDB solicita que seja feita investigação desde o governo Olívio, parece que há constrangimento de instalar a CPI. Mas tem que buscar a verdade, tem que assinar o requerimento (referindo-se ao PT, que desistiu de endossar o documento na última terça-feira)”, sugere.