Ordem de Dilma é começar reconstrução o mais rápido possível, diz embaixador
Apurações indicam que falha no sistema elétrico gerou incêndio na base da Antártica
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A seguir, os principais trechos da entrevista:
Agência Brasil – Pouco mais de 48 horas após o incêndio, como está a situação na estação brasileira na Antártica?
Frederico Araujo – É praticamente impossível permanecer na Estação Comandante Ferraz, por isso monitoramos da estação chilena, que é bem próxima. Conseguimos retirar os pesquisadores, militares e funcionários que lá estavam e que já chegaram ao Brasil [cerca de 40 pessoas retornaram nesta madrugada ao Brasil]. Por ordem da presidenta Dilma Rousseff, será reconstruída a base o mais rápido possível.
ABr – Já há informações sobre as causas do incêndio?
Araujo – Um inquérito será aberto e conduzido pelo Ministério da Defesa. Mas há informações preliminares que houve uma falha no sistema elétrico [na base brasileira de pesquisas científicas]. Ao que tudo indica, houve um defeito. Infelizmente, havia duas pessoas [que morreram] no local. Mas, por sorte, a maioria [cerca de 60] conseguiu se salvar.
ABr – A presidenta Dilma Rousseff destacou o heroísmo dos militares brasileiros. O suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos, ambos da Marinha, que morreram, receberão homenagens do governo?
Araujo – Ainda na manhã desta segunda faremos uma homenagem aos dois militares, na base de pesquisas do Chile, de onde os corpos serão transportados pelo Hércules C-130 para o Brasil. Antes da partida, o suboficial e o sargento receberão nossas homenagens. A previsão é que o avião com os corpos chegue ao Brasil entre essa segunda à noite e terça, tudo depende das condições do tempo.
ABr – Em meio à tragédia, o senhor disse que houve também muita solidariedade, como?
Araujo – Sem dúvida alguma. Houve apoio dos chilenos, argentinos, uruguaios e também dos poloneses e de um médico russo. Vou agradecer a todos em nome do Brasil. A solidariedade em situações como essa é fundamental.
ABr – Quais são as próximas providências que serão tomadas?
Araujo – Ficarei aqui [na região de Punta Arenas, na Costa do Chile] até terça para prestar o apoio que for necessário. O nosso ponto de apoio é a base de pesquisas do Chile, De lá monitoramos e tomamos as [eventuais] providências necessárias.